2015

A cúpula que começou na segunda-feira (30), em Paris, tem a meta de limitar o aquecimento da temperatura global em 2°C. Saiba o que será debatido no encontro

Começou na segunda-feira (30), com a presença de representantes de mais de 190 países, a 21ª. Edição da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP), encontro anual no qual as nações revelam seu grau de comprometimento com metas destinadas a construir um planeta saudável. Até 11 de dezembro, as autoridades têm a missão de tentar fechar um acordo que limite o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa, responsáveis por 86% do carbono que chega à atmosfera e por grande parte do aumento da temperatura.

O encontro deste ano tem uma relevância especial, pois dele sairá a assinatura de um tratado que deve substituir o defasado protocolo de Kyoto, em vigor desde 1997. O texto do novo acordo, cujo esboço foi feito na reunião de 2014, será o novo guia para regular o corte das emissões de carbono, que deve ser seguido por todas as nações.

Aquecimento - No fim de outubro, a Convenção de Mudanças Climáticas da ONU divulgou um relatório afirmando que, com os atuais comprometimentos de 146 países para reduzir emissões de gases do efeito estufa, seria possível diminuí-las em 8% até 2025 e em 9% até 2030. Isso quer dizer que, se comparadas às do período entre 1990 e 2010, as emissões de agora até 2030 terão seu ritmo diminuído em 60%. De acordo com a ONU, apesar de representarem um passo na direção certa, de um mundo de baixo carbono, os números não teriam a ambição necessária: com essas metas, o aquecimento até o final do século deve ser de 2,7°C. Ou seja, a meta de limitar o aumento de temperatura em 2°C, estabelecido na Cúpula do Clima de 2010, em Cancun, não será alcançado.

Visto de maneira isolada, o valor de 2,7ºC pode não parecer alarmante. Contudo, o planeta, assim como os humanos, os animais e as plantas, são vulneráveis mesmo ao aumento mais sutil de temperatura. Desde o início dos registros históricos, em 1880, a temperatura global subiu 0,85 grau, o que é muito, suficiente para criar um descompasso na natureza. Condições climáticas improváveis se espalham, com vários exemplos: o calor fora do comum no Ártico; as chuvas torrenciais da Índia; a secura dos mananciais de São Paulo. Isso tudo por ter ocorrido uma elevação de 0,85 grau em mais de 130 anos. O que pode acontecer com uma elevação superior a 2 graus em 100 anos, situação à qual chegaremos caso continuemos a poluir na mesma toada, pode ser o agravamento de desastres ambientais, com reflexos profundos na economia.

Estimativas feitas por cientistas revelam que, com esse aumento, uma porcentagem 26% maior de pessoas irá sofrer com a escassez de água até 2080, em comparação com a taxa de 1980. Nesse mesmo ano, o número de pessoas expostas a enchentes será seis vezes maior. A biodiversidade também será afetada, e um bom exemplo são os corais: um terço deles será degradado devido às águas mais quentes nas próximas décadas. Além disso, o calor deve diminuir a produtividade de trabalhadores em 20% até 2100.

A grande dificuldade da COP-21 é encontrar uma ação de combate que agrade a todos os 196 países (são cerca de 40.000 pessoas participando da Convenção). Países menos desenvolvidos alegam que o direito de usar combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás, os grandes emissores de carbono) poderia diminuir a miséria de suas populações, já que os países mais desenvolvidos fazem uso deles há 200 anos. Além disso, a transição para o uso de energias renováveis (como eólica ou solar) tem um custo e uma das grandes questões é decidir quem vai pagar por ele.

Vanessa Barbosa - EXAME.com
No ano passado, as energias renováveis responderam por quase metade de todas as novas usinas construídas no mundo, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE).

De acordo com o World Energy Outlook 2015, a energia verde é o segundo maior gerador de eletricidade do mundo, com potencial de destronar os combustíveis fósseis até 2030. 

Segundo o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, o relatório é um indicativo da consolidação da indústria de energia renovável. "Ela não é mais um nicho, tornou-se um combustível mainstream", disse ele ao jornal The Guardian.

O estudo aponta que 60 por cento de todos os novos investimentos em energia está sendo canalizando em projetos de geração renovável, apesar dos US$ 490 bilhões em subsídios que os combustíveis fósseis receberam no ano passado.

A inclinação do mundo para fontes de energia mais limpas é um sinal promissor que chega a poucas semanas da cúpula do clima da ONU em Paris, onde diplomatas de quase 200 países vão elaborar um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases-estufa.

Apesar do crescimento, as energias renováveis continuam a representar apenas uma pequena fração do consumo de energia global. Muito mais deve ser feito para descarbonizar o fornecimento de energia global, advertem os analistas a Agência.

Seu ritmo de expansão precisa acelerar se quisermos evitar os piores efeitos das mudanças climáticas associados a um aumento superior a 2ºC na temperatura do Planeta.

Para se ter ideia, um estudo divulgado nesta quinta-feira (12) mostra que os governos dos principais países industrializados fornecem mais de US$ 450 bilhões por ano para apoiar a produção de combustíveis fósseis.

Isso é quase quatro vezes os subsídios mundiais para a expansão das energias renováveis, que totalizou US$ 121 bilhões em 2013, segundo dados da AIE.

O Irlandês Allan Dixon, de 29 anos, ganhou o título de "O DR. Dolittle da vida real" por causa de sua habilidade de "convencer" animais selvagens para que façam parte de suas "Selfies". Os resultados são surpreendentes. Ele parece desenvolver amizade com qualquer animal que encontra! Como ele faz isso?

"O importante é faze-los se sentirem seguros quando eu estou próximo a eles. Chego o mais próximo possível, mas com cuidado," Explica Dixon. Também recomenda desligar o flash ou qualquer som da câmera, assim como já se com ela já na mão, para que pareça parte do nosso corpo.

"Uma vez que se passa um certo tempo próximo deles, normalmente ficam curiosos. Há uma linha tênue entre a curiosidade e a sobrevivência." Até agora, Dixon fez Selfies com 30 especies de animais em suas viagens pelo mundo, e seu sonho é fazer uma selfie com um leão, mesmo temendo ser a última. 

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REUTERS
China: devido à poluição, carros não podem circular nas ruas de Pequim e escolas são fechadas


 A capital da China, Pequim, entrou neste sábado no primeiro dia de alerta vermelho, que foi emitido pela segunda vez neste mês, por causa do alto índice de poluição. O alerta vermelho, considerado o mais grave, impõe restrições à circulação de veículos, restrição às empresas e escolas são fechadas.

Uma nuvem de fumaça pairou sobre a cidade durante a noite e está previsto que dure até terça-feira por causa da falta de ventos fortes. Os níveis do chamado material particulado 2.5 (PM2.5), os menores e mais mortíferos na atmosfera, devem superar 500, segundo o site oficial do governo de Pequim. Isso é mais de 20 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Metade dos carros da cidade serão forçados a deixar as ruas a cada dia, enquanto as churrasqueiras e outras fontes de fumaça estarão proibidas e a produção nas fábricas será restrita. As escolas fecharão e moradores são aconselhados a evitar atividades ao ar livre.

Os alertas vermelhos para a poluição do ar são emitidos quando os níveis de PM2.5 ficam acima de 300 por mais de 72 horas. Na semana passada, houve acusações de que o governo ignora algumas nuvens de fumaça graves, para evitar o impacto econômico das restrições.

Vanessa Barbosa - EXAME.com

O documento divulgado na COP 21 e intitulado Acordo de Paris foi aprovado por mais de 190 países do mundo, tornando-se o tratado mais importante sobre mudança climática já assinado.

Foram 20 anos de intensas maratonas de negociações, incluindo as duas últimas semanas em Paris, que terminaram neste sábado, com a aprovação do documento que promete catapultar o fim da era dos combustíveis fósseis.

O texto reconhece que "as alterações climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e, portanto, requer a mais ampla cooperação possível de todos os países e sua participação numa resposta internacional eficaz e apropriada, visando acelerar a redução das emissões globais de gases de efeito estufa".

Ele também reconhece que "serão necessárias reduções profundas nas emissões globais", a fim de enfrentar as mudanças climáticas que são uma "preocupação comum da humanidade".

A aprovação do acordo por quase 200 países gerou comoção e uma salva de palmas que parecia não ter fim na Conferência.
Veja os principais pontos do acordo de Paris abaixo:

1. Meta de limitar o aquecimento global a 2°C ou se possível a 1,5°C

O acordo visa limitar o aumento das temperaturas médias globais para "bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais", a fim de evitar os piores efeitos do aquecimento global.

Segundo o texto, os países pretendem "prosseguir com os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C, reconhecendo que isso iria reduzir significativamente os riscos e os impactos das mudanças climáticas".

Para atingir este objetivo, o mundo precisará "alcançar um equilíbrio entre as geração de emissões por fontes antrópicas [ligadas às atividades humanas] e a remoção por sumidouros de gases de efeito estufa ainda na segunda metade deste século". Em outras palavras, o mundo terá de trabalhar arduamente para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050.

2. Começa a valer em 2020

Os países comprometem-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa a partir de 2020. Ao todo, foram apresentados 158 planos das chamadas INDCs - compromissos voluntários definidos individualmente por quase todos os países, contemplando 90% das emissões mundiais de gases efeito estufa.

3. Um apelo para rever as contribuições nacionais em 2018

O acordo de Paris também inclui um pedido para que os países revejam seus planos climáticos nacionais em 2018, antes do acordo vinculativo entrar em vigência pós-2020. A razão para tal pedido é o fato de que a soma dos cortes de emissões prometidos até agora ainda deixam o mundo no caminho de aquecimento de 3°C. Ou seja, as boas intenções existem, mas faltam compromissos reais e concretos.

4. US$ 100 bilhões por ano para projetos de adaptação e de mitigação

Um mecanismo de perdas e danos - para lidar com os prejuízos financeiros que os países vulneráveis sofrem com os fenômenos extremos, como cheias, tempestades e temperaturas recordes - também foi contemplado no documento histórico. As nações ricas se comprometem a fornecer financiamento para os mais pobres, mobilizando US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020.

©AFP/Arquivo / Michael Kappeler
Geleiras na Groenlândia: os autores dividiram o processo de degelo em três períodos: de 1900 a 1983, de 1983 a 2003, e uma última etapa de 2003 a 2010

Da EFE

Um grupo de pesquisadores advertiu que a Groenlândia perdeu entre 2003 e 2010 sua camada de gelo a um ritmo duas vezes maior do que ao longo de todo o século XX.

A equipe, liderada por Kurt Kjaer, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), analisou fotografias aéreas dos anos 80 para calcular a perda de gelo na região.

A pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista "Nature", revelou que muitas das áreas que atualmente estão derretendo são as mesmas que experimentaram um grande degelo durante o século passado.

Os dados registrados sobre o tema até 1990 são limitados e as únicas estimativas se baseiam em desenhos empíricos e no balanço de energia.

O período examinado compreendeu de 1900, quando a camada começou diminuir de sua extensão máxima durante a onda de frio da Pequena Idade do Gelo (1300-1850, aproximadamente), até 2010.

Com isso, os pesquisadores criaram um mapa preciso de alta resolução com as características geomorfológicas da superfície gelada do final do século XIX.

Os autores dividiram o processo de degelo em três períodos: de 1900 a 1983, de 1983 a 2003, e uma última etapa de 2003 a 2010.

Durante o período compreendido entre 1900 e 1983, eles perceberam uma grande diminuição das geleiras na região noroeste da Groenlândia e ao longo da costa sudeste, que representam 78% da perda total.

Entre 1983 e 2003, 83% da perda total de massa aconteceu nas mesmas regiões.

De acordo com os cientistas, o recente aumento do degelo da Groenlândia e seu efeito sobre a alta do nível do mar não aconteciam desde a Pequena Idade do Gelo.

Além disso, afirmaram que é provável que ambos os processos continuem no futuro e que estes resultados podem ajudar a prever o aumento mundial do nível do mar.

Charles Platiau / Reuters
Energia nuclear: "A solução para o problema do clima tem que passar pela eletricidade livre de carbono"



Limitar o aquecimento global até 2100 a 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais implicaria um aumento massivo da energia nuclear, afirmou o climatologista James Hansen.

O perito em mudanças climáticas disse que a energia nuclear – controversa por razões de segurança – deve se tornar um elemento central no sistema energético, lado a lado com as energias renováveis, para rapidamente reduzir os gases de efeito de estufa que levam ao aquecimento global.

“Tudo o que é preciso é olhar para as emissões da China, Índia e dos países em rápido desenvolvimento. Sua energia é quase na totalidade baseada no carvão. A solução para o problema do clima tem que passar pela eletricidade livre de carbono. E simplesmente isso não vai acontecer na China e na Índia sem a ajuda do nuclear”, declarou Hansen, que esteve ontem (3) na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21).

Atualmente, 80% da energia consumida no mundo tem por base combustíveis fósseis. A energia solar e eólica está em rápida expansão e atraindo investimentos, mas as renováveis ainda representam menos de 5% do setor energético, sem contar com a energia nuclear.

Ainda assim, de acordo com o especialista, mesmo que o objetivo das Nações Unidas seja atingido, e não se ultrapasse o limite de 2 graus Celsius no aquecimento global até 2100, provavelmente não será possível evitar catástrofes ambientais, sobretudo provocadas pelo aumento dos níveis dos oceanos.

“Se deixarmos as geleiras se tornarem instáveis, o mundo pode tornar-se ingovernável devido às consequências econômicas, que seriam enormes”, afirmou o climatologista, ao lembrar ainda que metade das grandes cidades mundiais está na linha costeira.

As geleiras da Groelândia e da Antártida Ocidental contêm água congelada em quantidade suficiente para elevar o nível do mar em 13 metros.

Nasa

O cientista trabalhou em estudo de clima na Nasa, a agência espacial americana, entre 1981 e 2013.

Ele se tornou ativista em prol de políticas que possam contrariar a ameaça climática e defende que sistemas como a compra de cotas de carbono pelas empresas “não funcionam” e já demonstraram “ser inadequados”.

Hansen defende ainda que esse sistema levará à manutenção da dependência dos combustíveis fósseis.

Os cientistas calculam que pelo menos 60% das reservas de petróleo, gás natural e carvão ainda a serem exploradas devem permanecer debaixo do solo para evitar o sobreaquecimento do planeta.

A COP21, que ocorre até ao dia 11, reúne em Paris representantes de 195 países que tentarão alcançar um acordo legalmente vinculante sobre redução de emissões de gases de efeito de estufa que permita limitar o aquecimento da temperatura média global.

Até agora, mais de 170 países já apresentaram suas contribuições para a redução de emissões, ainda insuficientes para alcançar a meta proposta.

Entre os assuntos pendentes estão a aceitação de um mecanismo de revisão periódica das contribuições nacionais e a existência de um só sistema, sem divisões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas com flexibilidade no tratamento.

O tema e a responsabilização histórica dos países mais emissores estão entre os aspetos mais difíceis de resolver na COP21.

Para eles, o desafio da sobrevivência já começou

Thinckstock
Ao longo dos últimos 20 anos, o nível dos mares subiu uma média de 8 centímetros como resultado do aquecimento das águas e do derretimento das geleiras.

Até o final deste século, ele pode aumentar em um metro ou mais, segundo previsões do último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), principal referência científica no assunto.

Essa alta reserva um futuro sombrio para muitas cidades costeiras e nações insulares no mundo e coloca mais de 40 milhões de pessoas em situação de risco.

A sentença severa já ameaça a existência de micronações, como as Maldivas, o país mais baixo e plano da Terra, e Kiribati, um pequeno país no Pacífico que estuda a ideia racidal de mudar toda a sua população para uma nova ilha.

Não por acaso os líderes destes pequenos Estados insulares representam algumas das vozes mais apaixonadas, firmes e exigentes nas discussões da COP 21, a conferência mais importante sobre clima da ONU, que acontece em Paris.

Afinal, se o mundo não chegar a um acordo capaz de frear o ritmo das mudanças climáticas, estes micropaíses serão os primeiros a sofrer as piores consequências por estarem na linha de frente do perigo. Para eles, o desafio da sobrevivência já começou. Veja nas imagens. 

Ilhas Maldivas

Thinckstock
Um micropaís no meio do Oceano Índico é uma vítima fácil para o aumento do nível do mar. No último século, as água já subiram 20 centímetros em algumas partes do país. De acordo com o levantamento da Ong Co+Life, uma elevação brusca poderia varrer do mapa esse paraíso de praias de areia branquinha, palmeiras e atóis de corais. Temendo o pior, o governo local já estuda comprar um novo território para o seu povo.

Ilhas Salomão, no Pacífico

Creative Commons/ Jenny Scott / Flickr
Pequeno país insular localizado a leste da Papua-Nova Guiné, no Oceano Pacífico, as pacatas Ilhas Salomão ganharam o noticiário mundial em fevereiro de 2013, após serem atingidas por um tsunami que matou cinco pessoas. Embora possa parecer pontual, a tragédia é a face mais radical de um drama vivido diariamente pela população local, formada por pouco de mais de 500 mil habitantes. Comunidades inteiras estão se realocando para evitar catástrofes a medida que a maré sobe. As ilhas com altitudes mais baixas são as mais atingidas.

Ilhas Marshall

Creative Commons/ Sarah Boyd / Flickr
Se nos dias de maré alta, a população das Ilhas Marshall já sofre com os danos da invasão da água salgada, uma alta brusca de quase um metro até o fim do século é uma sentença de morte para a região. O mar já cobriu parte do território e está erodindo a costa, enquanto secas e cheias castigam ainda mais o arquipélago, formado por 29 atóis e ilhas de corais entre a Austrália e o Havaí. 

Kiribati

Torsten Blackwood/AFP
Outro pequeno país insular que pode estar com os dias contados é Kiribati, um arquipélago formado por 32 atois no Oceano Pacífico. Com o aumento do nível do mar circundante, o presidente de Kiribati, Anote Tong, prevê que seu país provavelmente se tornará inabitável dentro de 30 a 60 anos. Ele está atrás de um novo lar para os 100 mil habitantes da região, que tem sofrido com a invasão de água salgada que prejudica a agricultura local. Durante discurso na COP 21, em Paris, Tong agradeceu publicamente a nação de Fiji por ter concordado em receber o seu povo se o pior acontecer.

Tuvalu

Getty Images
Na arena internacional, o pequeno conjunto de nove ilhas localizado no oceano pacífico, entre a Austrália e o Havaí, é um dos que mais trabalha para se fazer ouvir em meio aos interesses de grandes nações nas negociações climáticas. Com área de 26 km², o minúsculo Estado corre o risco de submergir diante do aumento do nível do mar. Nos últimos anos, as inundações constantes já vêm atrapalhando a produção de cultivos locais e a obtenção de água potável.

Seicheles

Esskay/ Wikipedia
Nação insular localizada no Oceano Índico, as Seicheles são constituídas por vários arquipélagos localizados a noroeste de Madagáscar. Com uma população de 87 mil habitantes, foi uma das primeiras nações a ligar o alarme global sobre o impacto das alterações climáticas e da consequente ameaça da elevação do mar para pequenos países insulares.

Delta do Mekong

Getty Images
Densamente povoado, a região do Delta do Mekong, uma das mais férteis do Vietnã, pode tornar-se vítima das mudanças climáticas. Um aumento do nível do mar inundaria rapidamente as fazendas de camarões, os vilarejos e os cultivos agrícolas, que garantem trabalho e sustento para os moradores locais. Segundo previsões mais pessimistas, até 2100, o mar engolirá 5% do território e 7% das terras agrícolas.

Delta do Ganges, Bangladesh

Wikimedia Commons
Bangladesh é um país com poucas elevações acima do nível do mar, com grandes rios em todo seu território situado ao sul da Ásia. A estimativa é que 120 milhões de pessoas que vivem no delta do Ganges estão ameaçadas pela elevação do nível do mar. Os desastres naturais como inundações, ciclones tropicais, tornados e marés em rios são normais em Bangladesh todos os anos.



© Divulgação

A floresta abriga o Lago Kaindy, onde as árvores ficam submersas, proporcionando um cenário belíssimo O Cazaquistão - maior país sem costa marítima do mundo e o nono maior do planeta -, pode te surpreender. O lugar que abriga uma plataforma de lançamento de foguetes para o espaço também conta com uma natureza surpreendente. Não é apenas a Nova Zelândia que tem um lago incrível, nem só a selva Amazônica que está cheia de belezas naturais para serem exploradas. A floresta submersa do Lago Kaindy, no Cazaquistão, reserva um cenário inusitado, cheio de vibrações e encantos.Com 400 metros de comprimento, o lago está situado entre as montanhas Tian Shan, a 2 mil metros acima do nível do mar, com profundidades que chegam a 30 metros. Seu surgimento se deu no ano de 1911, após um forte terremoto, chamado Kein, de magnitude 7,7, que atingiu toda a região. O incidente provocou mudanças na estrutura geológica do local, além de deslizamentos de terra que bloquearam um desfiladeiro. A água da chuva, então, acabou formando uma represa, o Lago Kaindy, que inundou as árvores.Mesmo 100 anos após o ocorrido, os pinheiros permanecem submersos e intactos, formando um cenário totalmente diferente de provavelmente tudo que você já viu. A água do lago é tão fria que, mesmo no verão, a temperatura não passa dos seis graus, mas é essa condição térmica que garante a preservação das árvores debaixo d´água. A cor da água pode variar, devido à presença do calcário e de outros minerais, mas permanece sempre cristalina.No inverno, a superfície do Lago Kaindy congela, tornando o lugar ideal para a prática da pesca de trutas e mergulho no gelo. Todos os anos, mergulhares do Cazaquistão e de sua vizinha Rússia se aventuram na experiência de encarar as baixas temperaturas e nadar entre os galhos submersos das árvores.E aí, teria coragem? Se sim, se liga na dica de como chegar lá: O lago fica a 280 quilômetros de Almaty. A melhor opção é ir de carro, mas vale lembrar que, devido às condições da estrada, a viagem leva de cinco a sete horas. Chegando na região, é preciso pagar uma taxa de 500 tenge por pessoa para entrar no Parque Nacional e, caso você queira passar a noite, 700 tenge.Na Foto: A floresta submersa do Lago Kaindy reserva um cenário inusitado cheio encantos

A floresta abriga o Lago Kaindy, onde as árvores ficam submersas, proporcionando um cenário belíssimo

O Cazaquistão - maior país sem costa marítima do mundo e o nono maior do planeta -, pode te surpreender. O lugar que abriga uma plataforma de lançamento de foguetes para o espaço também conta com uma natureza surpreendente. Não é apenas a Nova Zelândia que tem um lago incrível, nem só a selva Amazônica que está cheia de belezas naturais para serem exploradas. A floresta submersa do Lago Kaindy, no Cazaquistão, reserva um cenário inusitado, cheio de vibrações e encantos.

Com 400 metros de comprimento, o lago está situado entre as montanhas Tian Shan, a 2 mil metros acima do nível do mar, com profundidades que chegam a 30 metros. Seu surgimento se deu no ano de 1911, após um forte terremoto, chamado Kein, de magnitude 7,7, que atingiu toda a região. O incidente provocou mudanças na estrutura geológica do local, além de deslizamentos de terra que bloquearam um desfiladeiro. A água da chuva, então, acabou formando uma represa, o Lago Kaindy, que inundou as árvores.

Mesmo 100 anos após o ocorrido, os pinheiros permanecem submersos e intactos, formando um cenário totalmente diferente de provavelmente tudo que você já viu. A água do lago é tão fria que, mesmo no verão, a temperatura não passa dos seis graus, mas é essa condição térmica que garante a preservação das árvores debaixo d´água. A cor da água pode variar, devido à presença do calcário e de outros minerais, mas permanece sempre cristalina.

No inverno, a superfície do Lago Kaindy congela, tornando o lugar ideal para a prática da pesca de trutas e mergulho no gelo. Todos os anos, mergulhares do Cazaquistão e de sua vizinha Rússia se aventuram na experiência de encarar as baixas temperaturas e nadar entre os galhos submersos das árvores.

E aí, teria coragem? Se sim, se liga na dica de como chegar lá: O lago fica a 280 quilômetros de Almaty. A melhor opção é ir de carro, mas vale lembrar que, devido às condições da estrada, a viagem leva de cinco a sete horas. Chegando na região, é preciso pagar uma taxa de 500 tenge por pessoa para entrar no Parque Nacional e, caso você queira passar a noite, 700 tenge.

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Com 400 metros de comprimento, o lago está situado entre as montanhas Tian Shan, a 2 mil metros acima do nível do mar

Mesmo após 100 anos, os pinheiros permanecem submersos e intactos

No inverno, a superfície do Lago Kaindy congela, tornando o lugar ideal para a prática da pesca de trutas e mergulho no gelo

Todos os anos, mergulhares do Cazaquistão e da Rússia se aventuram na experiência de encarar as baixas temperaturas e nadar entre os galhos submersos das árvores

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O planeta está repleto de belezas naturais, mas há alguns lugares que conseguem se destacar em meio a tantas maravilhas. Paisagens que mais parecem ter sido criadas na ficção são bem reais e uma delas fica aqui, no Brasil! Conheça aqui algumas dessas verdadeiras obras de arte da mãe natureza.

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KIRKJUFELL, ISLÂNDIA
Localizada na Península de Snaefellsnes, na Islândia, a montanha Kirkjufell não tem a importância para a formação da ilha como os muitos vulcões locais, mas não há como negar que ela é, disparada, a maravilha natural mais fotogênica do país. Desde a paisagem digna da Terra Média de ‘O Senhor dos Anéis’ até o trio de cachoeiras que alimentam um fluxo de água clara como cristal em seu pé, Kirkjufell possui uma paisagem que mais parece ter saído de um sonho.

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CAÑO CRISTALES, COLÔMBIA
Considerado o rio mais bonito do mundo, o Caño Cristales, na Colômbia é conhecido por lá como “arco-íris derretido”. Ele chama a atenção pela mistura de cores vivas que pode ser observada a cada ano, na transição entre as estações seca e úmida. Nessa época, a diminuição no nível da água e da correnteza faz surgir uma planta aquática chamada macarenia clavigera, que colore o rio com cinco tons que se mesclam na água: vermelho, amarelo, azul, verde e preto.

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GLACIER TAYLOR, ANTÁRTIDA
Exemplo marcante da singularidade da Antártida, o Glacier Taylor “vomita” um fluxo contínuo de água hipersalina rica em ferro sobre a neve ao seu redor. A geleira foi descoberta em 1911 por um explorador chamado Thomas Griffith Taylor, que supôs que o tom avermelhado da fonte era causado por uma forma desconhecida de bactéria. Mas esse fenômeno acontece porque a água rica em ferro entra em contato com o oxigênio, dando à cachoeira uma cor diferente, que conferiu ao lugar o apelido de Cataratas de Sangue.

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FONTES DE BEPPU, JAPÃO
Beppu, no Japão, é um dos pontos mais quentes do planeta. O local possui mais de 2.500 fontes de água borbulhante, mas as principais são oito, popularmente conhecidas como “os oito infernos”. Cada uma possui características distintas, como a Fonte de Sangue e sua água ferrosa, o Inferno Branco, fonte rica em ácido bórico que dá à água uma consistência leitosa; a Cabeça Raspada do Inferno, uma massa de lama borbulhante que, de acordo com os locais, assemelha-se às cabeças raspadas de monges budistas. Há fontes menores, onde você pode fazer um belo escalda pés, mas na maioria delas há sinais de “não nadar”, pois chegam a alcançar a temperatura de 150 graus Celsius.

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LAGO MANCHADO, AUSTRÁLIA
Por milhares de anos, tribos aborígines viveram e lutaram no Vale Okanagan, na fronteira sul da região da Colúmbia Britânica. Uma das lendas dessas tribos conta que durante uma batalha que ocorreu nas colinas ao redor do Lago Manchado - então conhecido como Khiluk - os dois lados concordaram uma trégua para que os homens pudessem se banhar nessas águas ricas em minerais em paz. Aliás, as propriedades curativas do lago são enaltecidas até hoje. Nele, existem altas concentrações de 11 minerais diferentes, incluindo cálcio e sulfato de magnésio, além de vestígios de titânio e prata. No verão, quando o lago evapora parcialmente, os minerais precipitam em buracos arredondados. Cada buraco tem uma cor diferente, dependendo de quais minerais se concentram nesses pontos.

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PRAIA VERMELHA DE PANJIN, CHINA
Localizada no meio de um imenso pantanal perto da cidade de Panjin, na China, a areia da Praia Vermelha está coberta com um solo altamente alcalino, que é também fundamental para a maioria das plantas viverem. Isso deixa pouca concorrência para a suaeda, uma espécie de alga que foi tomando o local totalmente ao longo dos 1,4 milhões de acres do local. No verão, as algas ganham uma cor brilhante de tirar o fôlego. Mas não se empolgue muito, a maior parte da praia é fechada para visitantes, pois o ecossistema de lá é muito delicado.

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PISCINAS DE PAMUKKALE, TURQUIA
Um dos pontos turísticos mais exclusivos do mundo é, sem dúvida, as piscinas naturais de travertino de Pamukkale, na Turquia. Travertino é um tipo de pedra calcária que é encontrado em uma série de fontes termais do mundo. Quando o jorro d’água atinge a superfície, o travertino solidifica em estruturas que seguram a água da nascente. O resultado parece saído de um conto de fadas, com piscinas brancas de águas cristalinas umas em cima das outras. Pamukkale foi o antigo local da cidade grega de Hierapolis, que significa 'castelo de algodão'.

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ZHANGYE DANXIA, CHINA
O Parque Geológico de Zhangye Danxia fica no sudoeste da China e contém mais do que algumas características incomuns. A mais surpreendente delas são as montanhas multicoloridas conhecidas como Danxia. A coloração surreal vem de depósitos de arenito e minerais naturais vermelhos que se formaram ao longo de 24 milhões de anos. Cada 'faixa' constitui um mineral diferente, e ao longo dos tempos, eles formaram camada sobre camada, resultando em um padrão de arco-íris.

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LAGO RETBA, SENEGAL
Há um punhado de nomes que foram dados a este lago por moradores e visitantes, mas todos eles significam a mesma coisa: 'O Lago Rosa”. Pode não ser o apelido mais criativo, mas é, definitivamente, o mais preciso. O Retba, no Senegal, é separado do Oceano Atlântico por uma estreita faixa de dunas de areia. Devido a essa ligeira separação geográfica, uma espécie de alga chamada dunaliella salina tem sido capaz de proliferar nas águas quentes do lago. Encontrado apenas em poucos lugares do mundo, essas algas são amantes sal, o que é bom, pois as águas do Retba são tão salgadas quanto as do Mar Morto. Para sobreviver a tais condições salinas, a dunaliella produz um pigmento vermelho que lhes permite absorver mais luz solar e produzir betacaroteno, que funciona como um filtro contra o sal. Durante temporadas particularmente secas, o lago assume um tom que só pode ser descrito como 'sangrento'.

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LENÇÓIS MARANHENSES
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é um exponente dos ecossistemas de mangue, restinga e dunas no Brasil. Sua grande beleza cênica, aliada aos passeios pelos campos de dunas e à possibilidade de banhar-se nas lagoas, atraem turistas de todo o mundo. O clima local é sub-úmido seco, com temperatura média anual de 26 graus Celsius. Portanto, nem pense em trazer roupas pesadas. Somente shorts, camisetas, sandálias, chapéu e roupa de banho. Repelente, óculos escuros e protetor solar não podem ser esquecidos de colocar na bagagem.

O registro da vida selvagem e da natureza em fotografia pode ser fascinante, mas às vezes as coisas acontecem em momentos preciosos e inesquecíveis atrás da lente. 

Fonte: animalworld

Normalmente apenas um fotógrafo registra o momento, mas ocasionalmente, temos a sorte de que existe um segundo fotógrafo em cena para capturar aqueles momentos especiais. 


Fonte: Dan Dinu

Estas imagens mostram alguns dos mais raros momentos engraçados, assustadores e íntimos que vimos dos bastidores do mundo dos animais selvagens e da fotografia de natureza.

Fonte: desconhecida

Fonte: Liba Radova




Fonte: artwolfe.com


Fonte: reddit

Fonte: rosphoto.com



Fonte: Lindy Coops




Fonte: desconhecida

Fonte: Joel Sartore

Fonte: Fil


Fonte: desconhecida


Fonte: kpunkka

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