Usina solar em campo de golfe no Japão
(Foto: reprodução)

No Japão, empresas estão investindo na criação de usinas de energia solar em campos de golfe que não são mais utilizados. Nos últimos meses, tanto a Kyocera quanto a Pacifico Energy (empresa japonesa com sede em Tóquio) anunciaram a construção de instalações solares em campos abandonados.

A Kyocera está construindo uma usina solar com capacidade para produzir 26.312 megawatts-hora (MWh) de energia por ano - o suficiente para abastecer cerca de 8100 domicílios. A usina será a maior instalação produtora de energia solar da província de Kyoto, onde está localizada, quando estiver pronta.

A empresa, no entanto, já havia anunciado em maio a construção de uma usina solar ainda maior, em parceria com outras empresas do ramo de energia. Em um campo de golde abandonado de cerca de 2 milhões de metros quadrados, as empresas construirão uma usina solar capaz de gerar cerca de 99,230 MWh por ano, provendo energia para até 30.500 lares e deixando de emitir, por ano, cerca de 35.730 toneladas de gás carbônico.

A Pacifico Energy, por sua vez, está construindo quatro usinas solares em parceria com a GE Financial Services. Uma delas, de 42 megawatts, está sendo construída sobre um campo de golfe abandonado. Ela está prevista para começar a funcionar no segundo trimestre de 2016.

Fim do golfe

Durante os anos 80 no Japão, os preços para se filiar a clubes de golfe chegavam a milhões de dólares. Por esse motivo, o país viu um enorme crescimento no número de campos de golfe ao longo das décadas seguintes, durante um"boom" de seu mercado imobiliário.


No entanto, muitos dos campos não são mais utilizados. Com o desastre nuclear de fukushima, o país alterou sua estratégia de produção de energia e tem o objetivo de dobrar a quantidade de energia renovável produzida em seu território até 2030. Além de utilizar os campos de golfe abandonados, empresas do país também investem na criação de usinas solares que flutuam sobre o mar.