06/21/16

No Brasil e no mundo, selecionamos 11 importantes rios que formam paisagens de tirar o fôlego. Entre eles estão o Colorado, o Danúbio e o Amazonas

Paisagem montanhosa cárstica do rio Li, na província de Guangxi, China
Os rios têm uma relação próxima com o homem em todas as partes do mundo, desde os tempos pré-históricos até os dias atuais. Eles fornecem água potável, irrigam nossas fazendas e plantações, são fontes de energia ecológica e uma forma de transportar pessoas e mercadorias de um lugar para outro.

Alguns deles têm proporções gigantescas e atravessam diversos países, como o Rio Nilo, na África, e o Rio Amazonas, uma das paisagens brasileiras mais impressionantes. Outros, mais cênicos, formam curvas sinuosas por onde passam e criam um verdadeiro espetáculo da natureza. É o caso do Rio Colorado, nos Estados Unidos, elemento importante no cenário do Parque Nacional do Grand Canyon.

De caminhos fluviais para praticar rafting a belíssimos cenários para cruzeiros, selecionamos na galeria a seguir 11 rios espetaculares ao redor do globo. Confira na galeria abaixo:

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Rio Colorado (Estados Unidos) - O árido deserto do Arizona é cortado pelo magnífico rio Colorado, que cruza uma série de paredões gigantes de cânions avermelhados até desaguar no Golfo da Califórnia, já no México. O rio é é um ímã para aventureiros de todo o mundo. Entre as opções turísticas, estão trilhas para caminhadas, observação da vida silvestre, rafting, caiaque e tubing, uma modalidade em que entusiastas navegam pelo rio sobre uma bóia. Na foto, está a região conhecida como 'Horseshoe Bend', uma imensa curva em forma de ferradura que fica a poucos quilômetros da cidade de Page.

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Rio Nilo (Nordeste da África) - Quando pensamos no rio Nilo, o mais extenso do mundo, associamos imediatamente às imagens do deserto, pirâmides e faraós. De fato, a antiga civilização egípcia deve muito ao poderoso rio e sua bacil fértil. Mas, na realidade, apenas 22% do rio cruza o Egito; o resto abrange outros dez países, incluindo o Quênia, Tanzânia, Congo e a Etiópia. 

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Rio Li (China) - Embora o Yangtze seja o principal rio da China, é difícil não se encantar com as belezas do rio Li (ou Lijiang), um de seus afluentes. A topografia cárstica, as aldeias e cenários pastorais formam uma paisagem de tirar o fôlego, que pode ser apreciada entre as cidades de Guilin e Yangshuo por meio de passeios turísticos de barco. Já o tradicional 'rafting' de bambu pode ser feito ao longo do rio Yulong, um dos afluentes do Li. 


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Rio Amazonas (Brasil, Peru e Colômbia) - Com cerca de 6,4 mil quilômetros, o rio Amazonas é o segundo mais longo do mundo, perdendo apenas para o rio Nilo, na África. Embora estudiosos discordem da extensão exata dos dois, o fato é que o Amazonas é o maior rio do mundo em volume. Suas águas têm origem na nascente do rio Apurímac, nos Andes do Peru, e depois seguem pela Colômbia até chegar ao Brasil, onde desaguam no oceano Atlântico. Contando os afluentes, o Amazonas também chega na Bolívia, Equador, Venezuela e Guiana. 

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Rio Mekong (Sudeste Asiático) - Com aproximadamente 4,5 mil quilômetros de extensão, o Mekong é o 13° rio mais longo do mundo. Ele nasce no planalto do Tibete, na cadeia montanhosa Tanglha, e segue pela província chinesa de Yunnan, além de mais cinco países: Mianmar, Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã. A bacia do Mekong é uma das mais ricas áreas de biodiversidade do mundo, perdendo apenas para a amazônica. No entanto, com a construção da primera barragem chinesa, muitas espécies se tornaram ameaçadas de extinção, incluindo o golfinho do Mekong e o peixe-boi. 

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Rio Danúbio (Europa) - O Danúbio é um dos rios mais importantes da Europa e o segundo maior do continente, depois do Volga. Ele nasce na Floresta Negra, na Alemanha, e corre para o leste, passando por quatro capitais (Viena, Budapeste, Belgrado e Bratislava) antes de desaguar no mar Negro. É um dos favoritos para cruzeiros turísticos, já que cruza o caminho de paisagens pontilhadas por aldeias, catedrais barrocas, castelos românticos e cidades magníficas. 

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Rio Irrawaddy (Mianmar) - A antiga Birmânia é um dos poucos lugares restantes do mundo que fica longe de uma rota turística definida, mantendo uma sensação de autenticidade. Uma das melhores maneiras de conhecer o país é fazendo um cruzeiro fluvial pelas águas do misterioso rio Irrawaddy. O itinerário passa por templos antigos, aldeias remotas, mercados locais e centros budistas. 

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Rio Ganges (Índia) - Com a bacia hidrográfica mais populosa do planeta, o Ganges certamente não é o caminho fluvial mais limpo do mundo, mas continua sendo o rio mais sagrado da Índia para os hindus. É aí que esta a sua beleza! Situado nas margens do Ganges, Varanasi é considerada por muitos a cidade mais sagrada do hinduísmo. Religiosos espalham as cinzas de seus entes queridos no rio e alguns deles acreditam que a vida fica incompleta sem que se tome um banho no Ganges pelo menos uma vez. 

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Rio Zambeze (África Austral) - O quarto maior rio da África, com cerca de 3,5 mil quilômetros de extensão, tem uma biodiversidade impressionante. Animais como hipopotámos, crocodilos, elefantes, além de milhares de espécies de peixes estão presentes ao longo dos seis países por onde o rio passa. A parte mais espetacular do seu curso são as Cataratas Vitória, a maior queda d'água do mundo em extensão, com 1708 metros de comprimento e 90 metros de altura. Esse monumento natural, localizado na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbábue, foi inscrito na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade. 

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Rio Volga (Rússia) - Conhecido na cultura russa como 'Volga-Matushka' (Mãe Volga, em português), este rio é o mais longo do continente europeu. Das 20 maiores cidades da Rússia, onze estão situadas às margens do rio, incluindo Moscou. O Volga é de grande importância para o transporte fluvial do país, embora congele em quase toda a sua extensão por três meses ao ano. Uma dos passeios mais populares é o cruzeiro que liga a capital russa à cidade de São Petersburgo. 

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Rio Loire (França) - Patrimônio Mundial da Unesco, o vale do Loire, na região central da França, tem uma paisagem bucólica marcada por vinhedos, jardins bem cuidados e castelos de grande valor histórico. É também lar do rio mais longo do pais, o belo Loire, que segue seu curso passando por aldeias, pontes elevadas e cidades encantadoras como Anger, Nevers, Blois e Orleans. 

Por causa da mineração, parte da segunda maior cidade do mundo vai ceder até 2040. Até lá, a prefeitura quer terminar a transferência do centro - e vai rebocar prédios peça por peça.

A cidade de Kiruna foi fundada em 1900 pela mineradora estatal Luossavaara-Kiirunavaara AB, ao norte do Círculo Polar Ártico. A população sempre viveu em função da mina nas redondezas, que produz o minério de ferro mais puro do mundo. Mas, em 2004 a LKAB avisou à prefeitura que a extração de ferro teria continuar embaixo da cidade - e, com isso, o chão ia afundar. 

Foi nessa época que Kiruna abriu uma competição entre empresas de arquitetura. A prefeitura queria saber qual delas apresentaria a melhor solução para um projeto nunca feito antes: mudar uma cidade inteira de lugar. A White Architects venceu em 2012 e abraçou o projeto, que vai, no mínimo, até 2040.

A etapa inicial é mover o "centro" de Kiruna que, na realidade, fica na parte oeste da cidade. O lugar onde a região fica agora vai ter afundado completamente até 2050 - segundo a empresa, já dá para ver alguns buracos se formando e a estação de trem já precisou ser fechada. O novo centro vai ser reinstalado a 3,2 quilômetros do extremo leste da cidade, o mais distante possível da mina de ferro. 
Algumas das construções da cidade vão ser erguidas por guindastes e transportadas peça por peça. É o caso da Igreja de Kiruna, inaugurada em 1912 e eleita a construção mais bonita de toda a Suécia. O relógio da cidade também vai ser rebocado da forma como está para o outro lado do município.

Esse esforço todo é uma tentativa de manter a identidade da cidade, apesar da mudança radical. A prefeitura contratou até mesmo uma antropóloga social, que funciona como mediadora entre a população e os arquitetos e engenheiros. O objetivo é fazer a transformação urbana mais democrática do mundo. 
É claro que nem todos os prédios vão ser realocados da forma como estão. A LKBA, que está financiando toda a mudança, oferece duas opções aos moradores: compram a casa em que moram pelo valor de mercado + 25% ou oferecem uma casa de mesmo valor na área expandida na cidade. Todo esse custo só consegue ser bancado porque a LKBA é a maior exportadora de ferro da Europa - ou seja, é mais barato mover toda essa gente do que fechar a mina. 

Os arquitetos da nova Kiruna não querem apenas replicar a cidade em uma região segura, mas melhorar a forma como ela é distribuída. Kiruna é hoje o segundo maior município do mundo em área: são 21 mil km2, onde vivem só 20 mil pessoas. Isso é o equivalente a 122 estádios do Maracanã para cada habitante. A equipe quer tornar a cidade bem mais densa, além de aproveitar o espaço extra para aumentar o contato dos moradores com a natureza, misturando áreas rurais e de floresta ao centro urbano. 

Mesmo depois de completar a primeira parte do projeto, a prefeitura espera que a forma final de Kiruna só fique pronta no fim do século. A planta futura da cidade, bem mais compacta, tem novos setores a norte, sul e leste, a uma distância bem grande da atividade da mina. Se tudo correr como planejado, Kiruna pode virar uma atração de turismo arquitetônico - quer dizer, para quem se aventurar a enfrentar um mês e meio em que o Sol não se põe no verão e outros 30 dias em que ele não nasce no inverno.

Ana Carolina Leonardi - Superinteressante

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