Animal tinha mordida mais poderosa do que a do Tiranossauro Rex
Megalodon: tubarão se alimentava de baleias anãs (Reprodução/Wikimedia Commons)
São Paulo – A maior espécie de tubarão que já existiu na Terra, o megalodon, pode ter morrido de fome. Segundo análises de fósseis feita na Universidade de Pisa, na Itália, os animais de até 18 metros de comprimento provavelmente morreram depois que as baleias anãs deixaram de existir (sua presa predileta), dando lugar a baleias maiores e mais difíceis de serem abatidas.
As baleias anãs não sumiram somente porque eram o prato favorito dos megalodons, mas principalmente devido ao resfriamento marítimo da Terra, ocasionado pelo derretimento das calotas polares, o que matou animais que viviam em regiões costeiras mais aquecidas.
Como o megalodon não se adaptou ao frio dos polos, onde viviam outras criaturas marinhas de grande porte, e por vezes não conseguia matar baleias maiores, ele se viu em apuros para se alimentar.
Megalodon: tubarão chegava a 16 m de comprimento (Reprodução/Wikimedia Commons)
As baleias, por outro lado, se adaptaram muito bem às águas frias e se desenvolveram, chegando ao tamanho que têm hoje.
“O desaparecimento dos tubarões gigantes dentados podem ter sido iniciados com o declínio e queda de uma série de dinastias de baleias de pequeno a médio porte em favor das modernas e gigantes baleias”, afirmou ao New Scientist Alberto Collareta, que liderou a pesquisa com fósseis na Universidade de Pisa.
O megalodons viveram por cerca de 14 milhões de anos, mas foram extintos repentinamente há cerca de 2,6 milhões de anos. A mordida dele é mais poderosa do que a de um Tiranossauro Rex, segundo um estudo de 2008, realizado na Universidade de New South Wales em Sydney, na Austrália.
Ainda é preciso mais pesquisa para determinar todas as condições que levaram à extinção do megalodon. Outro estudo indica, por exemplo, que a competição com os grandes tubarões brancos e com as baleias orca colaborou para o fim da espécie.
Megalodon: mordida do animal era mais poderosa do que a do T-Rex (Reprodução/Wikimedia Commons)