fevereiro 2017

É possível ver apenas 5% do novo continente, que foi chamado de Zelândia pelos pesquisadores

Zelândia: menos de 5% do novo continente pode ser visto (Thinkstock)

 Há um continente de 4,9 milhões de quilômetros quadrados submerso ao lado da Austrália que nunca foi mencionado nos livros de geografia. O motivo? Nem mesmo os pesquisadores sabiam que ele existia. Batizada de Zelândia, a crosta continental é formada pelas conhecidas cadeias de ilhas da Nova Zelândia e da Nova Caledônia.

Onze cientistas de diversas universidades publicaram um estudo no periódico da Sociedade Americana de Geologia (GSA, sigla em inglês) em que confirmam a existência do continente. Os geólogos demoraram tanto tempo para encontrar a Zelândia, pois menos de 5% do continente pode ser visto – pouco mais de 94% da região está embaixo da água.

Apesar de ser novidade para a maior parte da população mundial, a Zelândia vem sido estudada pelos pesquisadores há pelo menos dez anos. “Essa não é uma descoberta repentina, mas uma realização gradual. Há dez anos não teríamos os dados acumulados ou a confiança na interpretação para escrever a pesquisa”, escreveram os cientistas no estudo.

Para chegar à conclusão de que existe um novo continente, os geólogos usaram um conceito já existente. Bruce Luyendyk, um geofísico da Universidade da Califórnia, nos EUA, cunhou o termo Zelândia em 1995 para explicar a presença de um possível continente no sudoeste do Oceano Pacífico. Contudo, na época, a ideia não teve uma grande absorção por parte da comunidade científica internacional.

O que os cientistas do novo estudo fizeram foi examinar o conceito de Luyendyk mais a fundo. Eles reuniram evidências mais recentes sobre a Zelândia. Depois, eles as examinaram a partir de quatro critérios utilizados por geólogos para determinar se uma grande quantidade de rochas é um continente.

O primeiro é se a terra analisada é elevada acima da área (o fundo do oceano, por exemplo) que a rodeia. O segundo é se a região tem uma diversidade de três tipos de rochas: metamórficas (alteradas pela pressão e pelo calor), ígneas (ou vulcânicas) e sedimentares (criadas a partir da erosão).

O terceiro é se a área que o possível continente ocupa é bem definida e tem uma crosta grossa. Já o último é se a porção de terra tem limites bem definidos em torno de uma região suficientemente grande para ser considerada um continente, em vez de um micro continente ou fragmento continental.

Os geólogos determinaram que a Nova Zelândia e a Nova Caledônia se encaixam nos itens um, dois e três. O quarto critério, que Luyendyk havia renegado e, por isso, considerou o local como uma coleção de micro continentes, foi comprovada pelos pesquisadores com mapas de altitude e gravidade recentes e detalhados do antigo fundo oceânico. Assim, eles conseguiram afirmar que a Zelândia é uma região unificada.

Além disso, os dados coletados pelos cientistas também sugerem que a Zelândia abrange aproximadamente a área da Índia. Contudo, o país não pode ser considerado um continente, pois tornou-se parte da Eurásia quando colidiu com essa região há milhões de anos.

Em um futuro bem distante, o mesmo evento pode acontecer com a Zelândia. Um pedaço no fundo do mar, chamado pelos geólogos de Cato Through, é a única coisa que separa o novo continente da Austrália por 25 quilômetros.
Importância da descoberta

Para reconhecer um continente, não é preciso apelar para qualquer órgão oficial. Não existe uma lista codificada de quantos continentes existem e quais são seus nomes.

Na realidade, enquanto alguns pesquisadores afirmam que há quatro continentes na Terra (Eurafrásia, Oceania, Antártida e América), outros dizem que existem seis (América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África e Oceania).

“O valor científico de classificar a Zelândia como um continente é muito mais do que apenas um nome extra em uma lista”, escreveram os cientistas. “O fato de um continente ser tão submerso, mas não fragmentado, torna-o um membro final geodinâmico útil e estimulante na exploração da coesão e dissolução da crosta continental”. Isso significa que a descoberta do novo continente pode ajudar os geólogos a entender como a Terra é feita.

Outra parte interessante dessa descoberta é a implicação econômica de uma mudança na quantidade de continentes. Afinal, as Nações Unidas usam margens continentais para determinar quais países podem extrair recursos marítimos. Assim, a existência da Zelândia pode trazer grandes benefícios para a Nova Zelândia e outros países na região.

A Primavera chegou mais cedo neste povoado do leste do Japão de Kawazu. 
Créditos da imagem: Kyodo News

A pequena cidade nos arredores de Tóquio é famosa por suas 8.000 cerejeira que florescem mais cedo a cada ano.
Créditos da imagem: tsumizo

As paisagens exuberantes que recebem milhões de turistas a cada fevereiro são bastante românticas.
Créditos da imagem: mika

Flores, conhecidas como Sakura em japonês, geralmente florescem no final de março ou início de abril, mas as árvores Kawazu pertencem a uma variedade única que floresce antes dos outros.
Créditos da imagem: Sankei Photo

As flores de cerejeira são extremamente simbólica e culturalmente significativa no Japão. 
Créditos da imagem: Saya

Um trem a vapor leva os passageiros em uma viagem através dos aromas perfumados e tons de gradientes de cor de rosa.
Créditos da imagem: mika

A natureza transitória da beleza é muitas vezes equiparada com a brevidade da vida, de modo que não só representam a aceitação do carma e destino, mas também a eventual boas-vindas da morte. Por isso, muitas vezes eles aparecem na arte japonesa e se tornaram a imagem do país.
Créditos da imagem: toshizou02

Créditos da imagem: yulies12

Créditos da imagem: phos1comnet

À noite, as árvores são iluminadas pelas luzes e os reflexos dançam entre as águas calmas da Península de Izu.
Créditos da imagem: irodori

Kochi, a cidade da costa sul, também espera ver as cerejeiras florescer no início do ano.
Créditos da imagem: mainichi

Mais informações: Kawazu Tourism

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