2019


Área de oceano perto da Nova Zelândia está 6ºC mais quente que a superfície oceânica do restante do mundo; o que provocou esse fenômeno e quais as consequências disso?

Ela é tão grande que ocuparia um pouco mais da metade do México e duas vezes a superfície do Estado de Minas Gerais. Satélites mostram que uma área gigantesca e vermelha no Pacífico, perto da Nova Zelândia, está se locomovendo em direção à América do Sul.


A mancha de água quente foi identificada por imagens de satélite. Ela é do tamanho de mais da metade do México — Foto: Climatere Analyzer/BBC 
 
Os pesquisadores apelidaram essa zona de "macha quente" — hot blob, em inglês. O descobrimento dessa área vermelha, por meio de imagens tiradas por satélites, coincidiu com uma onda de calor que provocou graves incêndios na Austrália, ao mesmo tempo em que regiões da América do Norte experimentaram fortes tempestades de inverno.
 
 A mancha compreende uma área do oceano de cerca de 1 milhão de km² cuja temperatura aumentou entre 4°C e 6 °C, mais que o previsto para essa região.

Esse fenômeno inesperado pode, segundo cientistas, ajudar a explicar o forte aumento de gás metano na atmosfera. Sem contar com as zonas do trópico, a mancha vermelha é a área com maior temperatura média na superfície oceânica mundial, diz James Renwick, chefe do Departamento de Geografia, Meio Ambiente e Ciência da Terra da Universidade de Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia.

O jornal "New Zealand Herald" diz que a mancha começou a se formar em outubro, mas as temperaturas se mantiveram na média e não cresceram de maneira significativa. No entanto, um aquecimento mais acentuado em dezembro fez a mancha aumentar e a temperatura subir fortemente.

A formação da mancha quente
Segundo Renwick, vários fatores contribuíram para a formação da "mancha quente", entre eles o "anticiclone", um sistema natural de alta pressão que tem reduzido as correntes de vento nessa parte do Pacífico.

"Temos tido pressões bastante altas, dias ensolarados e ventos leves, o que favorece um aquecimento acelerado da superfície do oceano", disse ele ao jornal "New Zealand Herald".

"Se os ventos são fortes, então tudo se dispersa. Se não há essa dispersão, o aquecimento do sol é absorvido pela superfície do oceano e gera essa capa de água muito quente", explicou.


Em 2014, satélites registraram um aquecimento fora do comum no oceano pacífico, perto da costa oeste dos EUA — Foto: Getty Images/BBC


Ou seja, sem ventos fortes, a temperatura da água aumenta e essa corrente quente se move até perto das costas.

Mas quão significativa é essa mancha?
Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, as temperaturas do oceano podem variar em grandes proporções, e um grau a mais ou a menos de diferença já é "preocupante" por provocar efeitos adversos no clima do planeta como um todo.

A área que compreende a mancha quente sofreu um aumento de 4ºC a 6ºC na sua zona central, o que é considerado significativo.

De acordo com Renwick, a capa de água quente se estende por 50 metros debaixo da superfície. Os cientistas ainda vão pesquisar o impacto que isso provocará na vida marinha dessa região.

Manchas quentes parecidas com essa foram identificadas há cinco anos nas costas da Califórnia e do Alasca em setembro. Cientistas alertaram para um fenômeno similar na costa oeste dos Estados Unidos.


Este gráfico mostra como zonas de mar quente foram produzidas nos EUA em setembro de 2014 e no mesmo mês de 2019 — Foto: NOAA/BBC

Que efeitos essa mancha pode provocar?
 Segundo Renwick, a mancha quente não terá impacto direto sobre o clima ou a vida na Nova Zelândia. Como ela está a caminho da América do Sul, a expectativa é que se disperse e perca parte do calor antes de chegar a qualquer zona povoada.

Portanto, especialistas dizem que o efeito dessa área de calor no oceano não deve ser grande sobre áreas habitadas. No entanto, os cientistas estão inquietos sobre as eventuais consequências para a vida marinha.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos adverte que o aquecimento das águas reduz os nutrientes no oceano, o que altera a cadeia alimentar marítima.

Leões marinhos, por exemplo, precisam nadar até mais longe para conseguir peixes e outros animais para se alimentar. Uma mancha quente surgida na Califórnia em 2014 produziu a maior proliferação de algas tóxicas já registrada na costa oeste dos EUA.

O aumento da temperatura também dificultou aos salmões jovens encontrar alimentos de boa qualidade no oceano. Além disso, milhares de leões marinhos que saíram em busca de alimentos apareceram encalhados nas praias.

Diversas espécies de baleias, que também tiveram que ir até perto da costa em busca de comida, acabaram presas em redes de pesca ou mortas após encalharem nas areias das praias.

Há riscos para a América do Sul?
Segundo Renwick, a massa de água quente deve esfriar ao se aproximar da América do Sul.

O especialista diz que o próprio movimento da mancha até águas mais frias pode provocar o esfriamento da temperatura antes de ela se aproximar do continente americano.

O aquecimento do oceano provoca desequilíbrio na cadeia alimentar marítima e prejudica a pesca — Foto: Getty Images/BBC

Se isso não ocorrer, a mancha pode "chegar a ficar razoavelmente próxima da América do Sul", mas não deve alcançar a costa.

No entanto, segundo a revista Science, embora os satélites facilitem a identificação dessas manchas de água quente, eles não são capazes de determinar com precisão magnitude e o impacto ecológico delas.

Fonte: G1

Lake Louise, no Canadá 
© Warl0rdPT on Visual hunt / CC BY-NC-ND / Warl0rdPT on Visual hunt / CC BY-NC-ND 
Praias, florestas, cordilheiras… O que não faltam são paisagens naturais dos sonhos para conhecer ao redor do mundo. No meio de tantos lugares fascinantes, a Interpoint Viagens & Turismo, agência de viagens, listou sete lagos ao redor do mundo para visitar. Todos eles são perfeitos para colecionar boas fotos, já que os viajantes não perdem tempo quando o assunto é selfie.

Lagos ao redor do mundo para visitar

Lagos de Plitvice, Croácia
Patrimônio Natural da Unesco desde 1979, o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, na Croácia, está localizado a cerca de 150 quilômetros da capital Zagreb e é uma das atrações turísticas mais populares do país.

Dono de paisagens únicas, o local abriga 16 lagos conectados por uma série de cachoeiras e outros mini lagos, que vão do verde ao azul, em várias tonalidades diferentes.

A vegetação deixa tudo ainda mais bonito e propício para fotos inesquecíveis. Estima-se que já foram catalogadas mais de 1.200 espécies de plantas.

Lago Louise, Canadá
Dono de uma das paisagens mais bonitas do Canadá, o Lago Louise, localizado na pequena cidade homônima, dentro do Banff National Park – o mais antigo do país –, impressiona pela beleza.

Rodeado por uma cadeia de montanhas glaciais, o lago tem aproximadamente cinco quilômetros de extensão de águas azul turquesa e é um convite para caminhadas e passeios de canoa. Não por acaso, o Louise é uma das paisagens mais fotografadas do país.

Laguna del Inca, Chile
viviantelles.com.br
O Chile é um país de múltiplas belezas, com destaque para a Laguna del Inca, em Portillo. Emoldurada pela Cordilheira dos Andes e bem pertinho da fronteira com a Argentina, a atração está situada nos fundos do Hotel Ski Portillo, um dos mais tradicionais do país.

O local é atrativo em qualquer época do ano. Mas é durante o inverno, quando a paisagem está totalmente coberta de neve, que o cenário fica ainda mais bonito e interessante. Se o dia estiver ensolarado, então, nem se fala. A água se transformará em uma espécie de espelho, garantindo, assim, ótimas fotos.

Quem quiser uma nova perspectiva pode almoçar ou tomar um café no restaurante do hotel, que oferece, por meio de janelas, uma vista encantadora para a laguna. 

Blue Lagoon, Islândia 
© Divulgação O Blue Lagoon é umas das atrações mais visitadas no país - Divulgação 
Na Islândia, a terra do gelo e de vikings, a Blue Lagoon, uma das atrações mais visitadas do país, é uma das sugestões para quem quer sair bem na foto. 

Localizada na cidade de Reykjanessakagi, bem pertinho da capital Reykjavik, este local de águas geotermais é a pedida certa para quem quer relaxar e rejuvenescer um pouquinho. 

A água, a propósito, é rica em sílica e outros compostos minerais, que, segundo dizem, possuem efeitos medicinais e anti-idade. 

Ao conhecer o lugar, não se assuste com a fumaça proveniente do calor. A temperatura costuma variar entre 37º e 39ºC. 

Lago Titicaca, Bolívia e Peru 
© Divulgação O Lago Titicaca fica na divisa do Peru e da Bolívia - Divulgação 


Outra opção bem interessante na América do Sul é o Lago Titicaca, localizado entre a Bolívia e o Peru. Situado a quase 4.000 metros acima do nível do mar, o Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo e, em termos de volume de água, o maior do continente. 

Isso sem falar na paisagem, que conta ainda com a presença da Cordilheira dos Andes ao fundo e também no pacote de experiências a serem desfrutadas no destino. 

Os turistas que desejam conhecer a região podem se aventurar e visitar as comunidades indígenas nas ilhas artificiais dos Uros, que são feitas a base de totora, espécie de planta local. Ou, quem sabe, navegar em barcos também construídos com a vegetação nesta área. 

Lago Leman, Suíça 
Rama [CC BY-SA 2.0 fr (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0/fr/deed.en)] 

O Lago Leman, também conhecido como Lago de Genebra, é o maior lago da Europa Ocidental e se divide entre duas nações: Suíça e França. 

É o lado suíço, mais especificamente nos arredores de Genebra, que concentra mais atrativos, como as belas cidades de Montreux e Lausanne. Ambas podem ser facilmente acessadas de barco durante o verão. 

A pigmentação da água, dependendo da estação do ano, permeia entre o azul e o quase cristalino. Ao fundo, os Alpes embelezam ainda mais o cenário. 

Lago Di Como, Itália 
demayorquierosermochilera.com 


Localizado na região da Lombardia, o Lago Di Como é o terceiro maior lago da Itália e o mais profundo de toda a Europa. Rodeado por montanhas e florestas, que abrigam belas e simpáticas cidadezinhas, vilas históricas, castelos medievais e casas coloridas, a região é um excelente cenário para fotos. 

Os povoados de Bellagio, Varenna, Tremezzo e Como oferecem uma grande quantidade de atrativos e uma vista sem igual para as águas calmas e tranquilas do Di Como. 


Confira outros lagos ao redor do mundo de encher os olhos. 

 Lake Louise, no Canadá 
© edwin van buuringen on VisualHunt / CC BY
Lake Louise, no Canadá 
© Jim Nix / Nomadic Pursuits on Visual hunt / CC BY-NC-SA

Nahuel Huapi, na Argentina 
 © eleZeta on Visualhunt.com / CC BY-ND
 Nahuel Huapi, na Argentina 
 © emiliokuffer on Visual hunt / CC BY-SA
Nahuel Huapi, na Argentina 
© emiliokuffer on VisualHunt / CC BY-SA

Moraine Lake, no Canadá 
© A Camera Story on Visualhunt.com / CC BY-NC-ND
Moraine Lake, no Canadá 
© lytfyre on Visualhunt / CC BY-NC-SA
 Moraine Lake, no Canadá 
© Amateur with a Camera on Visualhunt / CC BY-NC-ND
Blue Lagoon, na Islândia 
© Stuck in Customs on Visualhunt / CC BY-NC-SA
Blue Lagoon, na Islândia 
© WanderingtheWorld (www.ChrisFord.com) on Visualhunt.com / CC BY-NC
 Blue Lagoon, na Islândia 
© Michał Sacharewicz on VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
Lagos de Plitvice, na Croácia
© Visual Hunt
Lagos de Plitvice, na Croácia
© Cattle Class Travel on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA
  Lagos de Plitvice, na Croácia
© Hans Kainz on VisualHunt / CC BY-NC

Gruta do Lago Azul, no Brasil 
© comicpie on VisualHunt / CC BY

Gruta do Lago Azul, no Brasil 
© LNarimatsu on VisualHunt.com / CC BY-NC-ND

 Gruta do Lago Azul, no Brasil
© Roberto Hungria on Visual hunt / CC BY-NC

Gruta do Lago Azul, no Brasil 
© Roberto Hungria on Visual hunt / CC BY-NC

Lago Ness, na Escócia 
© stelosa on VisualHunt / CC BY-NC
 O Lago Di Como é o mais profundo de toda a Europa
© Divulgação

Lago Ness, na Escócia 
 © conner395 on Visual Hunt / CC BY

O Lago Leman fica na divisa da Suíça e da França
© Divulgação
Lago Nakuru, no Quênia 
© Nagarjun on Visualhunt / CC BY

Lago Nakuru, no Quênia 
© ROSS HONG KONG on VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
Lago Nakuru, no Quênia 
© Tambako the Jaguar on VisualHunt.com / CC BY-ND

Lago de Como, na Itália 
© Ray in Manila on Visual hunt / CC BY

Lago de Como, na Itália 
© Juan Rubiano on Visualhunt / CC BY-NC-ND
Lago de Como, na Itália 
 © Ray in Manila on Visual Hunt / CC BY

Laguna 69, no Peru 
© Toni Fish on Visualhunt.com / CC BY-NC-ND 

Laguna 69, no Peru 
© elrentaplats on VisualHunt / CC BY-NC-SA

Laguna 69, no Peru
© twiga269 ॐ FEMEN on Visualhunt.com / CC BY-NC 

Lago Kawaguchi, no Japão 
© Raymond.Ling.43 on Visual hunt / CC BY-NC-ND

Lago Kawaguchi, no Japão 
© vicjuan on VisualHunt / CC BY-NC
Lago Kawaguchi, no Japão 
© vicjuan on VisualHunt / CC BY-NC
Lago de Bled, na Eslovênia 
© Shawn Harquail on Visual Hunt / CC BY-NC

Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA

Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA
Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA

Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda /  Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA 
Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA 

Lago de Bled, na Eslovênia
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA
Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda / Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA 

Lago de Bled, na Eslovênia 
© Fornecido por Entre Aspas Comunicação Ltda /  Dreamy Pixel on VisualHunt / CC BY-NC-SA
Lago Baikal, na Rússia
© nubui on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA

Lago Baikal, na Rússia
© leocomte26 on VisualHunt.com / CC BY-NC-ND 

Lago Baikal, na Rússia 
© f.stroganov on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA 

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