01/16/21

Najin (à esquerda) acompanhada da filha Fatu, as duas últimas fêmeas de rinocerontes-brancos do mundo

Consideradas em “extinção funcional”, as fêmeas Najin e Fatu são as últimas representantes dos rinocerontes-brancos no mundo. Respectivamente mãe e filha, as duas abadas são filha e neta do último macho da espécie, Sudão, sacrificado no Quênia, em 2018, por conta de uma grave infecção.

Criadas na reserva natural queniana de Ol Pejeta — onde Sudão foi cuidado desde 2009 até morrer —, Najin e Fatu são os últimos exemplares de rinocerontes-brancos por duas razões principais: a caça predatória e a perda de habitat.

Como explica reportagem doNew York Times, os chifres dos rinocerontes eram cobiçados por todos os tipos de motivos. Desde para uso como troféus até para servirem como matéria-prima para cabos decorativos de adagas iemenitas.

Além disso, também são um popular ingrediente da medicina tradicional chinesa, cujos praticantes acreditam deter o poder de resfriar o sangue, aliviar dores de cabeça, interromper vômitos, curar picadas de cobra e muito mais.

Já em relação à perda de habitat, shoppings, campos de futebol, fazendas, rodovias e fábricas também são perigosas e violentas armas contra a sobrevivência desses robustos animais selvagens, que precisam de grandes espaços para viver e se reproduzir.

Zacharia Mutai, zelador-chefe de rinocerontes na conservação de Ol Pejeta no Quênia, com Najin

Juntos, esses fatores resultaram em uma perda descomunal de rinocerontes.O rinoceronte de Javan, por exemplo, que antes perambulava por todo o sudeste da Ásia, agora está confinado a um único parque nacional na Indonésia, com uma população de 74 animais.

Já o rinoceronte de Sumatra também se aproxima de um número preocupante de exemplares restantes; já são menos de 80 no total. No entanto, nenhum rinoceronte está pior do que o branco do norte.

Seu habitat nativo, na África Central, foi devastado por guerras civis no final do século 20, o que tornou a conservação basicamente impossível.

Na década de 1970, uma população de milhares foi reduzida para apenas 700. Em meados da década de 1980, apenas 15 brancos do norte permaneciam na selva. Em 2006, esse número era quatro, e eles parecem ter desaparecido em 2008, quase certamente vítimas de caçadores furtivos.

Mutai com Fatu enquanto Najin está atrás deles

Em 2009, os únicos rinocerontes brancos do norte restantes (Sudão, Suni, Najin e Fatu) foram levados de volta à África para uma unidade de conservação da vida selvagem no Quênia. Foi uma esperança de que o continente nativo pudesse produzir um milagre. Mas, infelizmente, isso não aconteceu. Suni morreu, depois o Sudão.

Hoje, os rinocerontes brancos do norte parecem perfeitamente em casa em Ol Pejeta, onde todos se referem a elas, afetuosamente, como “as meninas”. Elas vivem em um estado de selvageria supervisionada, com uma rotina diária cheia de pequenos rituais e prazeres.

Fotos: Jack Davison / The New York Times

Aurora boreal, fenômeno que ocorre graças à interação entre as partículas cósmicas e o campo magnético da Terra. Quando a aurora ocorre no sul do planeta, recebe o nome de aurora austral (Imagem: Reprodução/Dora Miller)

O campo magnético da Terra está constantemente defendendo nosso planeta da radiação cósmica e das partículas carregadas peles perigosos ventos solares. Durante esse processo, essa bolha invisível de proteção distribui a energia eletromagnética pela parte superior da nossa atmosfera, acima dos polos norte e sul. Os cientistas sempre presumiram que essa distribuição era por igual, mas um novo estudo mostra que não é bem assim.

As partículas que são constantemente ejetadas pelo Sol são capazes de prejudicar todo o nosso estilo de vida atual, colocando em risco equipamentos eletrônicos e satélites de comunicação. O campo magnético terrestre, formado pelo núcleo externo do nosso planeta, consegue lidar com a maior parte desses ataques, direcionando a energia para as regiões polares. Prova disso são as auroras, que aparecem tanto no norte do planeta, quanto no sul — elas são geradas pela interação das partículas solares com o campo magnético da Terra.

Acontece que, ao contrário do que se cogitava até agora, a quantidade de energia eletromagnética que atinge os dois hemisférios é desigual. De acordo com um artigo publicado na Nature Communications, a energia costuma se concentrar em maior quantidade no norte do planeta. Essa descoberta sugere que, além de proteger a Terra da radiação solar, o campo magnético também controla como essa energia é distribuída e canalizada para a atmosfera superior.

Ivan Pakhotin, autor principal do artigo, explicou que isso ocorre por um motivo muito simples. É que o polo magnético do sul está mais longe do eixo de rotação da Terra do que o polo norte. Como consequência, a energia que primeiro chega na região alinhada ao eixo de rotação "prefere" o caminho mais curto, ou seja, segue para o norte. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente quais são as consequências dessa assimetria e da distribuição desigual da energia eletromagnética, mas eles cogitam que isso possa resultar em diferenças no clima espacial ao redor do planeta.

Além disso, a assimetria pode resultar em diferenças entre as auroras do norte (auroras boreais) e as do sul (auroras austrais). “Nossas descobertas também sugerem que a dinâmica da química na alta atmosfera pode variar entre os dois hemisférios, especialmente durante tempos de forte atividade geomagnética”, disse Pakhotin.


Estudar as interações entre o vento solar e o campo magnético da Terra é importante para nos prepararmos para eventuais tempestades solares mais fortes, contra as quais as defesas naturais de nosso planeta serão insuficientes para proteger nossos equipamentos eletrônicos. O novo estudo foi realizado com os dados da missão Swarm da ESA (Agência Espacial Europeia), que conta com três satélites projetados para coletar informações sobre como nosso campo magnético.

Fonte: ESA

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