São Paulo – Ucuuba. O nome vem do tupi e significa “árvore da manteiga”. Mas dentro da maior empresa de cosmético brasileira, a Natura, este fruto amazônico de sementes avermelhadas tem sido chamado de “joia rara”.
“Joia” porque sua semente é fonte de uma manteiga com alto poder de hidratação e reparação, mas de textura levíssima na pele. Uma combinação singular que chega ao mercado como o maior lançamento dos últimos cinco anos da linha Ekos, desenvolvida a partir de ativos da biodiversidade amazônica.
“Rara” porque sua árvore, a ucuubeira, corre risco de extinção pela exploração madeireira, que perpetua um mercado informal de confecção de materiais como estacas, cabos de vassoura, batentes de porta e telhados. Para reverter essa tendência, a empresa trabalha junto aos moradores da região, incentivando a preservação da espécie por meio de valorização de seus ativos e geração de renda por meio do cultivo da semente.
Nesta quarta-feira, inicia-se a venda de três itens com o novo ativo: manteiga hidratante para o corpo, manteiga hidratante para as mãos e hidratante desodorante corporal. No segundo semestre, será lançado o primeiro sabonete líquido hidratante da Natura para as mãos, uma versão do sabonete líquido para o corpo e um sabonete em barra cremoso.
Invertendo a lógica predatória
“Com a parceria com as comunidades locais, esperamos reverter esse ciclo predatório a partir do manejo sustentável da uccuba”, disse à Exame.com José Vicente Marino, vice-presidente de Marcas e Negócios da Natura. “É uma conexão entre floresta e urbano que traz a consciência de que o homem é parte da natureza.”
Famílias que trabalham com o extrativismo aprendem, por exemplo, que é mais rentável extrair de forma ecologicamente correta o fruto e as sementes da ucuuba — e vendê-las para a empresa — do que derrubar as árvores para fornecer madeira.
Sob essa ótica, a floresta passar a ter mais valor em pé do que desmatada.
Segundo a Natura, a cada ano, a renda que uma comunidade obtém com uma ucuubeira preservada é três vezes maior do que aquela obtida com a exploração madeireira. Sendo que a árvore cortada só gera renda uma única vez.
Cerca de 600 famílias de 15 comunidades fazem o manejo da ucuuba comprada pela empresa, nas regiões do Nordeste Paraense e na região do Médio Juruá, no Amazonas.
O novo lançamento da marca é fruto do Programa Amazônia, nascido em 2011, por meio do qual a Natura busca o fortalecimento das comunidades tradicionais da Amazônia e investe em um modelo de desenvolvimento que assegura a floresta em pé.
“Já investimos 582 milhões de reais até agora, e esperamos movimentar 1 bilhão de reais até 2020 através do Programa”, explica Marino.
Inovação
Inovação é essencial na hora de incorporar as novas descobertas em ingredientes chave nos cosméticos. “Em 2015 devemos investir perto de 385 milhões no total de investimento em pesquisa e desenvolvimento, o que representa 3% da receita liquida da Natura”, destaca o executivo.
A principal inovação de Natura Ekos Ucuuba é o fato de proporcionar alta hidratação com textura leve, o que, segundo a empresa, rompe um paradoxo da hidratação.
Outro diferencial: a embalagem de Natura Ekos Ucuuba será ecoeficiente, com 50% PET reciclado pós-consumo e 50% PET verde, que possui material de origem vegetal renovável em sua composição.
O nome ucuuba vem do tupi e quer dizer “árvore da manteiga”
Quando maduros, os frutos se rompem e sementes caem sobre os igapós, formando um tapete vermelho.
Árvore da ucuuba está ameaçada de extinção por conta do aumento da exploração madeireira.
Produtos da nova linha Natura Ekos Ucuuba: manteiga hidratante para mãos e para o corpo e hidratante desodorante corporal
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