agosto 2015

Cantareira: outubro de 2014 foi o mês mais seco da história do Cantareira, em 84 anos de registros
Fabio Leite, doEstadão Conteúdo

São Paulo - A temporada de chuvas em São Paulo só deve começar no fim de outubro e, mais uma vez, pode ficar abaixo da média, segundo estimativa feita por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), principal referência no país em análise climática.

"Os períodos de maior estiagem em São Paulo aconteceram nos anos em que a temperatura do mar esteve mais aquecida nesta região [Costa Sul] do Oceano Atlântico", explicou o pesquisador Gilvan Sampaio, depois de destacar que a alta temperatura oceânica e o deslocamento de uma zona de alta pressão para o continente já foram os responsáveis pelo tempo seco no estado entre o fim de julho e agosto.

Risco

Segundo ele, nenhum modelo meteorológico é capaz de prever com precisão a intensidade das chuvas na região Sudeste, mas a permanência dos dois fenômenos nos próximos meses pode impactar negativamente a pluviometria em áreas que já sofrem há mais de um ano com a estiagem, como nos locais onde ficam os Sistemas Cantareira e Alto Tietê, os dois maiores mananciais que abastecem a Grande São Paulo.

"Não dá para dizer se vai chover mais ou menos. Pode ter ainda a predominância do sistema de alta pressão bloqueando a passagem de frentes frias, associada às águas mais quentes do Oceano Atlântico na costa sul do Brasil, o que pode contribuir para termos menos chuvas na Região Sudeste, sobretudo em São Paulo", disse Sampaio, na última reunião climática do Inpe, semana passada.

Ele lembra que, desde 2010, o trimestre de setembro, outubro e novembro tem registrado "anomalias negativas de precipitação". Embora seja considerado o primeiro mês da estação chuvosa, outubro de 2014 foi o mês mais seco da história do Cantareira, em 84 anos de registros, considerando toda a quantidade de água que entra nos reservatórios, pelas chuvas e pelos rios afluentes.

Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não está contando com chuvas para manter o abastecimento da região metropolitana sem precisar decretar rodízio.

A estatal promete começar em outubro a transposição de 4 mil litros por segundo de água do Sistema Rio Grande, braço da Billings no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê, o manancial mais crítico hoje.

A obra é considerada a principal ação para evitar um racionamento mais drástico e havia sido prometida por Alckmin para maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONAB CASTLE HOTEL

Fonab Castle Hotel Localizado às margens do Loch Faskally, em Pitlochy, na Escócia, o Fonab Castle Hotel é considerado umas das hospedagens mais luxuosas do mundo.

FONAB CASTLE HOTEL

ESPAÇOS
Espaços Construído em 1892 e transformado em hotel de luxo em 2013, possui 26 grandes quartos de arquitetura moderna e elegante.

FONAB CASTLE HOTEL

CARACTERÍSTICAS
Características O hotel oferece áreas modernas de lazer com piscina, bar e restaurante, todos com vistas espetaculares das paisagens verdes de árvores e montanhas que cercam o castelo.

FONAB CASTLE HOTEL

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 328.

FONAB CASTLE HOTEL

ESPAÇOS
Espaços Décadas depois da reparação, o castelo foi transformado em um hotel de luxo com 24 suítes.

FONAB CASTLE HOTEL

CARACTERÍSTICAS
Características Os hóspedes podem relaxar pelos salões e varandas ou passear pelos seus extensos jardins, que oferecem vista para o impressionante Rio Reno, que atravessa a Europa de norte a sul.

FONAB CASTLE HOTEL

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 174 .

HOTEL CASTELLO DI SINIO

Hotel Castello di Sinio Construído por Marchesi Del Carretto em 1142, o Castello di Sinio fica entre as regiões de vinhedos de Barolo e Barbaresco, na Itália.

HOTEL CASTELLO DI SINIO

ESPAÇOS
Espaços A hospedagem oferece amplas áreas externas de lazer, com piscinas e jardins que oferecem vista à paisagem de vinícolas da região.

HOTEL CASTELLO DI SINIO

CARACTERÍSTICAS
Características Suítes de luxo, salões de festas e restaurante de cardápios variados fazem parte das instalações e serviços do hotel, que é o mais velho castelo da região de Barolo.

HOTEL CASTELLO DI SINIO

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 260 .

CASTELLO DI PETROIA

Castello di Petroia Conhecido como o lar de Federico da Montefeltro, Duque de Urbino, o Castello di Petroia está situado na cidade italiana de Gubbio e, há algumas décadas, foi transformado em uma das mais luxuosas hospedagens da Itália.

CASTELLO DI PETROIA

ESPAÇOS
Espaços As acomodações são decoradas com móveis antigos, vigas expostas e obras de arte do século 17. Ao todo são 13 quartos, com vistas impressionantes para a encosta da Úmbria, considerada uma das regiões mais bonitas da Itália.

CASTELLO DI PETROIA

CARACTERÍSTICAS
Características Os demais espaços do hotel também mantiveram a estrutura da época, mas suas áreas de lazer e descanso foram reformadas e, atualmente, possuem uma arquitetura clássica e elegante.

CASTELLO DI PETROIA

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 153.

CASTELLO DI MONTERONE

Castello di Monterone Originalmente usado como base militar no século 13, o Castello di Monterone, localizado nas regiões italianas de Perúgia, funciona hojecomo uma hospedagem de alto padrão, que manteve a sua estrutura medieval

CASTELLO DI MONTERONE

ESPAÇOS
Espaços O hotel possui 18 suítes com camas confortáveis e uma decoração que combina design moderno com o estilo medieval do castelo.

CASTELLO DI MONTERONE

CARACTERÍSTICAS
Características Seus espaços de lazer contam com restaurante, bares, piscinas e jardins com vista para os gramados e vinhedos da região italiana.

CASTELLO DI MONTERONE

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 135 .

ROWTON CASTLE

Rowton Castle Localizado na zona rural de Shopshire, na fronteira da Inglaterra com o País de Gales, o Rowton Castle tem 800 anos e ocupa um terreno de aproximadamente 17 hectares de extensão. Por isso, é considerado um refúgio perfeito aos viajantes de todo o mundo.

ROWTON CASTLE

ESPAÇOS
Espaços Os visitantes da região podem se hospedar em um dos 19 quartos de luxo, com janelas voltadas para os amplos gramados e canteiros de flores do castelo.

ROWTON CASTLE

CARACTERÍSTICAS
Características Devido à serenidade de seus jardins e ao seu visual elegante, o castelo também serve de espaço para muitas cerimônias de casamento.

ROWTON CASTLE

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 124.

CASTLE IN CLARENS

Castle in Clarens O pequeno Castle in Clarens, em Clarens, na África do Sul, mais parece uma mansão medieval, que permite aos hóspedes vivenciarem dias como verdadeiros reis e rainhas dos séculos passados.

CASTLE IN CLARENS

ESPAÇOS
Espaços A propriedade possui três níveis. O primeiro deles é o piso térreo, com um amplo salão, uma lareira e quartos de hóspedes nomeados de “príncipes”. No nível intermediário fica a cozinha e, no piso superior, está o quarto da “princesa”, decorado quase inteiramente em madeira.

CASTLE IN CLARENS

CARACTERÍSTICAS
Características Com uma atmosfera de contos de fada, o castelo é conhecido como a “Torre da Rapunzel”, com uma estrutura que suporta apenas quatro hóspedes.

CASTLE IN CLARENS

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 155 .

CHATEAU HERALEC

Chateau Heralec Situado na região de Vysocina, na República Checa, o Chateau Heralec é um castelo do século 13 que se transformou em um imponente hotel de luxo.

CHATEAU HERALEC

ESPAÇOS
Espaços Com cerca de 20 quartos, o castelo foi restaurado com base no design moderno. Possui áreas de lazer com piscinas internas, restaurante e espaços com ambientação clara e pisos espelhados.

CHATEAU HERALEC

CARACTERÍSTICAS
Características Com uma estrutura que se mantém desde o século 13 , a maior suíte do castelo tem teto de madeira, piso de mosaico e espelho artesanal. Além disso, a hospedagem oferece refeições completas no café da manhã, almoço e jantar.

CHATEAU HERALEC

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 219.

ASHFORD CASTLE

Ashford Castle Localizado no vilarejo de Cong, na Irlanda, o Ashford Castle foi fundado em 1228 e possui amplas áreas arborizadas, com vista privilegiadapara o famoso lago irlandês Lough Corrib, segundo maior do país.

ASHFORD CASTLE

ESPAÇOS
Espaços Atualmente os visitantes da região podem se acomodar em um dos 83 quartos luxuosos do castelo, equipados com móveis antigos, tapetes personalizados e confortáveis camas, cobertas com lençóis de algodão egípcio.

ASHFORD CASTLE

CARACTERÍSTICAS
Características Cercado por torres e muralhas medievais, o Ashford Castle é o antigo lar do rei George V e já abrigou pessoas de grande importância no cenário político global, como o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan.

ASHFORD CASTLE

PREÇO
Preço Preço da diária (por pessoa): a partir de US$ 270.

Usina solar em campo de golfe no Japão
(Foto: reprodução)

No Japão, empresas estão investindo na criação de usinas de energia solar em campos de golfe que não são mais utilizados. Nos últimos meses, tanto a Kyocera quanto a Pacifico Energy (empresa japonesa com sede em Tóquio) anunciaram a construção de instalações solares em campos abandonados.

A Kyocera está construindo uma usina solar com capacidade para produzir 26.312 megawatts-hora (MWh) de energia por ano - o suficiente para abastecer cerca de 8100 domicílios. A usina será a maior instalação produtora de energia solar da província de Kyoto, onde está localizada, quando estiver pronta.

A empresa, no entanto, já havia anunciado em maio a construção de uma usina solar ainda maior, em parceria com outras empresas do ramo de energia. Em um campo de golde abandonado de cerca de 2 milhões de metros quadrados, as empresas construirão uma usina solar capaz de gerar cerca de 99,230 MWh por ano, provendo energia para até 30.500 lares e deixando de emitir, por ano, cerca de 35.730 toneladas de gás carbônico.

A Pacifico Energy, por sua vez, está construindo quatro usinas solares em parceria com a GE Financial Services. Uma delas, de 42 megawatts, está sendo construída sobre um campo de golfe abandonado. Ela está prevista para começar a funcionar no segundo trimestre de 2016.

Fim do golfe

Durante os anos 80 no Japão, os preços para se filiar a clubes de golfe chegavam a milhões de dólares. Por esse motivo, o país viu um enorme crescimento no número de campos de golfe ao longo das décadas seguintes, durante um"boom" de seu mercado imobiliário.


No entanto, muitos dos campos não são mais utilizados. Com o desastre nuclear de fukushima, o país alterou sua estratégia de produção de energia e tem o objetivo de dobrar a quantidade de energia renovável produzida em seu território até 2030. Além de utilizar os campos de golfe abandonados, empresas do país também investem na criação de usinas solares que flutuam sobre o mar.

© Fornecido por Estadão
Urânio na Bahia
Osvaldo de Jesus mostra o poço lacrado pela prefeitura

Muro da vizinha Caetité (BA) pichado com protestos contra contaminação por radioatividade 

CAETITÉ E LAGOA REAL (BA) - Uma tampa de ferro cobre a boca do poço, no sítio de Osvaldo Antônio de Jesus. A proteção enferrujada tem um furo no meio. Abaixo dela, um reservatório com 90 metros de profundidade está cheio d’água. Osvaldo ergue a tampa e aponta o líquido, um bem precioso para quem vive por esses cantos de Lagoa Real, no sertão da Bahia. Por cerca de um ano, foi esse o poço que garantiu boa parte do consumo diário de sua família. Há poucas semanas, porém, nenhuma gota pôde mais ser retirada dali. Sua água está contaminada por urânio.

A família de Osvaldo é uma das tantas que vivem no entorno da única mina de urânio explorada em toda a América Latina. Há 15 anos, a extração do material radioativo do solo de Caetité, município vizinho de Lagoa Real, na Bahia, é feita pela estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Durante todo esse período, a contaminação da água da região por material radioativo sempre foi uma situação negada pela INB. Desta vez, provas coletadas pelo Estado comprovam que há, de fato, contaminação.

Por um mês, a reportagem reuniu documentos oficiais, laudos técnicos e despachos envolvendo as atividades de extração de urânio na região e o monitoramento da água usada pela população. Os documentos atestam que, desde o ano passado, a INB já havia detectado a existência de água com alto teor de urânio em um poço em Lagoa Real. A estatal, no entanto, não comunicou a prefeitura local sobre a situação, ou mesmo a família, o que só viria a ocorrer em maio deste ano, sete meses depois da coleta da água.

Os laudos técnicos da INB, aos quais a reportagem teve acesso, apontam que a estatal realizou duas inspeções na água consumida pela família de Osvaldo Antônio de Jesus. Na primeira coleta, feita em outubro de 2014, encontrou uma quantidade de urânio mais de quatro vezes superior ao limite permitido para o consumo humano, conforme critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Nenhuma informação sobre isso chegou ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), à prefeitura de Lagoa Real ou à família.Em março deste ano, a INB resolveu fazer uma segunda checagem no poço. Novamente, encontrou material radioativo, dessa vez em quantidade mais de três vezes acima do permitido.

Os resultados desses dois laudos, porém, só foram emitidos em 22 de maio, quando chegaram à prefeitura de Lagoa Real. No dia 25, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município foi até o sítio de Osvaldo, informou que seu poço seria “lacrado” e o fez assinar o comunicado. No documento, firmado pelo prefeito Francisco José Cardoso de Freitas e pelo secretário de Meio Ambiente, Willike Fernandes Moreira, a prefeitura diz que o poço “será fechado por ser considerado impróprio para o consumo humano, baseado no boletim de análise da INB”.

Mais uma vez, nada foi comunicado aos órgãos oficiais federal e estadual. Apesar dos resultados, a INB chegou a declarar no início deste ano que, após analisar amostras de águas subterrâneas de Caetité e região “coletadas durante todo o ano de 2014”, foi possível comprovar que “o nível de urânio está abaixo do limite estabelecido como seguro pelo Ministério da Saúde e pelo Conama para o consumo humano”.

À reportagem, a prefeitura de Lagoa Real informou que nem sequer tinha conhecimento de que o poço contaminado existia e culpou a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) por sua abertura. “Quem abriu o poço foi a Cerb, que não avisou o município. A prefeitura só soube da contaminação quando chegou o relatório da INB”, disse o secretário Willike Moreira. “Notificamos a Cerb sobre a contaminação. Eles não se posicionaram até hoje. Então, todo mundo tem um pouco de culpa nisso.”

Moreira disse que a própria INB tratou de informar a família sobre a água imprópria para o consumo, declaração confirmada pelo proprietário. “No mesmo dia que nos deu o resultado, a empresa foi lá e comunicou a família, deixando ciente do risco que ela estava correndo. Depois nós fomos lá e comunicamos isso a eles também”, afirmou.

Greenpeace. Em 2008, o Greenpeace chegou a denunciar a estatal, sob alegação de que o urânio tinha contaminado a água de dois poços. Cercada de dados, a INB afastou qualquer vestígio de problemas sobre a qualidade da água consumida pela população. 

Osvaldo de Jesus, que mora com a mãe, mulher e três filhos no sítio, disse ter “desconfiado” antes mesmo dos testes e, por isso, só a utilizava para lavar roupa e louça, além de matar a sede de galinhas, porcos e bois. “Quando chegou o resultado, fiquei com medo. O povo da INB disse que era pra gente parar de usar, porque estava contaminada. Disse que não era para dar mais nem para os animais nem regar a plantação”, disse. “A gente não bebia dessa água. Usamos a água da chuva que vai para a cisterna e a água do caminhão-pipa, que passa por aqui”, disse.

Nascido na caatinga, ele vive da roça e da rapadura artesanal que faz em um engenho de madeira puxado por bois. Disse não ter medo de ser contaminado pela água radioativa. “Medo do quê? De morrer? De morrer, não. Isso aí é passagem para nós todos, né? Pode ser rico, pode ser pobre, vai mesmo.”

Urânio na Bahia
Muro da vizinha Caetité (BA) pichado com protestos contra contaminação por radioatividade 

Urânio na Bahia

Osvaldo de Jesus abre a tampa do poço lacrado 

Urânio na Bahia

Vista geral da mina de urânio em Lagoa Real (BA) com placa de radioatividade 

Urânio na Bahia

Vista geral da mina de urânio em Lagoa Real (BA) com placa de radioatividade

As abobrinhas acabaram – quase todas colhidas. Só sobraram uma ou outra meio amareladas. Para compensar, a abóbora é gigantesca. "Não colheram ainda", diz a senhora Pfeiffer, que aproveitou o dia ensolarado para passear com o cão. "Espero que eu possa beliscar umas uvas", diz, piscando, e sai apoiada no andador. O cachorro cheira algumas plantas, mas, antes de tentar levantar a perna, sua dona dá um puxão na coleira e o faz desistir da ideia.

Ao longo das históricas muralhas da cidade de Andernach, prosperam os pés de ameixas, marmelo e caqui – quase esquecidos perto dos tradicionais morangos e vagens. A alguns metros de distância, entre o repolho e couve-rábano, uma placa avisa que os vegetais ainda não estão prontos para serem colhidos.

"Não temos mais nenhum problema com vandalismo desde que plantamos vegetais comestíveis nos canteiros", conta Karl Werf, funcionário do Juizado de Menores de Andernach e co-organizador do projeto Cidade Comestível.

Colheita autorizada

© Fornecido por Deutsche Welle

Brilhando no sol, as uvas verdes dão água na boca para quem passa por ali, mesmo que só estejam boas para colher dentro de algumas semanas. "Com nossa Cidade Comestível, captamos a tendência do momento", diz Werf. "As pessoas têm cada vez mais prazer em explorar a cidade e mexer na terra."

Qualquer um pode plantar hortas em terrenos baldios, rotatórias de trânsito e faixas de grama. Seja acelga ou repolho, os diversos vegetais servem não apenas para embelezar a cidade às margens do Reno, mas também para torná-la mais ecológica. Em pequenas praças e à beira de alguns edifícios, é possível encontrar caixas de madeira com várias espécies de ervas. Os moradores colhem o que a cidade planta.

"Já levei alface e couve-rábano", conta uma mulher que aproveita a pausa de almoço para tomar um pouco de sol em um banco perto dali. Enquanto isso, uma mãe leva o filho em um carrinho pela trilha de terra. Ela considera incrível a ideia de que cada um pode se servir do que quiser.

Quando passeia, ela conta que sempre presta atenção para ver se acha alguma fruta madura. Questionada se a sujeira dos animais que passam por ali diminui o apetite pelos vegetais e frutas frescas, ela discorda. "Mesmo se isso acontecesse, não. Gatos e doninhas frequentam o meu jardim. Os fazendeiros também usam fertilizantes – qualquer coisa, é só lavar", afirma. 

Mais turistas

O interesse pela "Andernach Comestível" é enorme. Karl Werf acompanha equipes de reportagem e delegações internacionais pelas ruas, para atrair mais atenção às hortas da cidade. Em uma área longe do centro, vegetais e frutas são cultivados comercialmente – sem estufa, em consonância com as estações do ano.

Trata-se de um jardim utilizado para ensino, um modelo para a chamada permacultura. Espécies raras e ameaçadas de porcos, galinhas, vacas e ovelhas também são criadas ali. E esses produtos regionais e sasonais ainda rendem dinheiro.

Além disso, o conceito atrai turistas. "Viemos a Andernach especialmente para conhecer a Cidade Comestível", diz um casal da região da Renânia-Palatinado. "A gente se interessa muito por arbustos. Nosso jardim é cheio deles. Não temos rosas, só cardos e repolho", explicam.

Vestindo chapéus e levando mochilas, eles caminham pelo portão da cidade e seguem a rota sinalizada. Os canteiros urbanos precisam de muitos cuidados, porém, economiza-se tempo através do projeto integral, explica o co-organizador Karl Werf. Orgulhoso, ele conta sobre turistas que perguntam pelo nome das plantas floridas nas hortas da cidade – e que, na verdade, são batatas ou ervas aromáticas.

No meio dos canteiros, alguns homens capinam e aram a terra. O projeto também tem um aspecto social: pessoas há muito tempo sem emprego e refugiados preparam-se para uma vida de trabalho – o que é uma abordagem sustentável e holística, explica Karl Werf.

"Gosto de trabalhar aqui porque assim posso ter um dia a dia regrado", conta um funcionário que prefere se manter anônimo. Mesmo que todo mundo possa vê-lo ajoelhado diariamente por entre flores e verduras, ele não se sente confortável para falar sobre o fato de estar desempregado. Mas com o trabalho, afirma ele, é possível devolver algo à sociedade que o apoia financeiramente nos tempos difíceis.

Autor: Sabrina Pabst (fca)
Edição: Rafael Plaisant

Se você tinha alguma dúvida de onde ir nestas férias, essa seleção de fotografias da Nova Zelândia pode ser uma boa maneira de tomar a decisão certa. São imagens de diversos fotógrafos que mostram toda a beleza deste pequeno país. E o melhor: todas – ou quase todas – estas paisagens estão a apenas alguns aeroportos de distância.

1. Focas

2. Milford sound

3. Mount Cook

4. Povo Maori

5. Lago Wakatipu
Foto: Mike Hollman.

6. Lago Matheson

7. Auckland

8. Glaciar Franz Josef
Foto: Mike Hollman.

9. Mount Cook

10. Próximo ao Lago Pukaki

11. Lago Tekapo

12. Queenstown

13. Montanhas

14. Queenstown
Foto: quiltsalad.

15. Emerald Lakes

16. Pencarrow Head
Foto: Phillip Capper

17. Um pouco de neve
Foto: Rachael

18. Lago Gunn
Foto: Jocey K

19. Lago Rotoiti
Foto: Mike Hollman.

20. Árvores no outono
Foto: Lutramania.

MKRdezign

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