03/28/15

Alguns dos principais monumentos e prédios públicos do Brasil terão as luzes apagadas às 20h30 



Às 20h30 deste sábado, pelo menos 173 cidades brasileiras participarão da Hora do Planeta 2015, incentivando a população a apagar as luzes por 60 minutos, em ato simbólico contra as mudanças climáticas. A iniciativa, promovida pela organização ambientalista WWF em cidades de todo o mundo, teve adesão das 27 capitais. 

A mobilização no Brasil deverá ser maior que nas seis edições anteriores do ato. Em 2014, 144 municípios se cadastraram. O objetivo da ação, segundo a WWF, é incentivar a comunidade global interconectada a compartilhar as oportunidades e os desafios da criação de um mundo sustentável. Mais de 300 empresas e diversas escolas e instituições também aderiram à iniciativa. 

Alguns dos principais monumentos e prédios públicos do Brasil terão as luzes apagadas às 20h30. Em São Paulo, a Prefeitura apagará alguns dos principais símbolos da cidade, como a ponte do Parque do Ibirapuera, o Monumento às Bandeiras, o Teatro Municipal, o prédio da Fiesp e a Ponte Octavio Frias de Oliveira. 

Em Brasília, a sede do Ministério do Meio Ambiente terá as luzes desligadas e vários monumentos ficarão às escuras, incluindo o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana e o Palácio do Planalto, onde funciona a Presidência da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

9 razões para apagar as luzes pelo Planeta neste sábado

Contagem regressiva 

São Paulo - A crise ambiental não é um problema para o futuro e só as pessoas podem mudar o rumo dos acontecimentos. Com essa mensagem, a edição 2015 da Hora do Planeta convoca todos a apagarem as luzes durante uma hora neste sábado, 28 de março, das 20h30 às 21h30. 

Capitaneado pelo grupo WWF, o ato simbólico pretende conscientizar a população sobre os problemas ambientais que a humanidade enfrenta e sinalizar aos governantes sobre a necessidade urgente de agir contra o aquecimento global e a desigualdade do acesso à energia.

A campanha começou em 2007 a partir de uma iniciativa da cidade de Sidney, na Austrália, e vem crescendo para se tornar a maior ação voluntária pelo planeta. 

Só no Brasil, mais de 170 cidades confirmaram a participação. E mais de 500 monumentos terão suas luzes apagadas. 

O número representa um recorde, sendo a maior participação desde a primeira edição da campanha. 
Petição pelo Plano Nacional para Proteção de Nascentes 

Este ano, junto com o movimento a Hora do Planeta, o WWF-Brasil lança uma petição para a criação do Plano Nacional para Proteção de Nascentes. O objetivo é mobilizar a população brasileira em torno de um plano que seja capaz de melhorar a qualidade e ainda aumentar a quantidade da água para consumo. 

A petição estará aberta para assinaturas até agosto, quando deverá acontecer o Dia de Sobrecarga da Terra (Overshoot Day, em inglês), outra data simbólica que marca o dia em que o planeta Terra entra no vermelho, ou seja, quando teremos consumido mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor em um ano.


1,3 bilhão de isolados 

Uma em cada cinco pessoas no planeta – ao todo 1,3 bilhão de pessoas – ainda não tem acesso à eletricidade. Mais de 80% vivem em regiões da África Subsaariana e parte do sudeste asiático onde o pôr do sol significa a escuridão total e quem quiser um pouco de luz para estudar ou trabalhar durante a noite precisa recorrer a lampiões de querosene, cuja fumaça é extremamente prejudicial à saúde.


Consumo em alta... 

Entre 2010 e 2035, o consumo mundial de energia pode aumentar em 33%. Com isso, as emissões globais de gases efeito estufa poderá crescer até 20%, o que deve intensificar o aquecimento do planeta e, por tabela, as mudanças climáticas.


...e desigual 

A desigualdade energética é acentuada nos países mais pobres. Para se ter uma ideia, um único morador de Nova York consome ao longo de um ano quase a mesma quantidade de energia que 45 pessoas consomem juntas na África Subsaariana.


US$ 1 trilhão 

Pelos cálculos da Onu, são necessários 1 trilhão de dólares em investimentos cumulativos – cerca de 49 bilhões por ano – para atingir o acesso universal à energia até 2030.


Vivemos num século febril 

Se você tem 15 anos, ou já passou dessa fase, saiba que presenciou, ou melhor, sentiu na pele, algo histórico. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, 14 dos 15 anos mais quentes da história ocorreram desde 2000.


Múltiplas pressões sobre a água 

Os recursos hídricos estão sob pressão para atender a crescente demanda global por energia. No total, a produção de energia é responsável por 15% de retirada de água do Planeta. Mas esse número está aumentando e, em 2035, o crescimento populacional, a urbanização e o aumento do consumo prometem empurrar o consumo de água para geração de energia até 20%.


Pragas avançam 

Um estudo feito pelo Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola (CGIAR, na sigla em inglês) para as Nações Unidas sugere que o aquecimento global pode comprometer, até 2050, cerca de 20% da produção trigo, arroz e milho – as três commodities agrícolas mais importantes e que estão na base de metade das calorias consumidas por um ser humano.


Os "sem água" 

Ainda hoje, cerca de 748 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a uma fonte segura de água potável. Enquanto isso, a demanda por água para a fabricação de bens de consumo deverá crescer 400 por cento até 2050 (em relação os índices de 2000).


Uma janela para o futuro 

Secas, enchentes, furacões, incêndios e temperaturas extremas estão em ascensão em todo o mundo, causando perda de vidas e atrasando o desenvolvimento econômico e social por anos, se não décadas. Os números estão aí para provar. De 1970 a 2012, 8.835 desastres naturais causaram cerca de 1,94 milhão de mortes e danos econômicos de 2,3 trilhões de dólares globalmente, quase um Brasil em PIB, aponta estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Praia do Cachorro. Foto: Eduardo Murici

Uma pane no sistema da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) produziu um grave acidente ambiental em Fernando de Noronha. Na quarta-feira da semana passada (18), uma falha mecânica nas bombas causou o vazamento de esgoto bruto na Praia do Cachorro, uma das mais famosas do arquipélago e pertencente à Área de Preservação Ambiental Fernando de Noronha, Rocas - São Pedro e São Paulo.

Até o momento, o vazamento não foi estancado, embora a Compesa tenha tentado, na sexta e no sábado, trocar as bombas defeituosas. Não deu certo, pois as bombas reservas também apresentaram problemas.

Devido a isto, segunda-feira, o ICMBio decidiu multar a Companhia em R$600 mil por crime ambiental. A Polícia Federal também está investigando o caso.

Em nota, a Compesa afirma que resolverá o problema até esta quarta-feira (25) e que entrará em contato com o ICMBio para esclarecer os fatos ocorridos.

"As dificuldades na Ilha já começam por sua situação geográfica. Tivemos que transportar as bombas para o Recife por via aérea com o objetivo de realizar as manutenções. Além disso, nossos equipamentos sofrem com a forte maresia e as variações de tensão que são muito frequentes", justifica Fernando Lôbo, Diretor Metropolitano da Compesa.

Ainda de acordo com a nota, a empresa fará a despoluição do trecho.

O arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos. A maior delas virou território do Parque Nacional Fernando de Noronha, sob responsabilidade do ICMBio. Já a APA Fernando de Noronha, Rocas - São Pedro e São Paulo, que como o nome acusa, engloba os arquipélagos de São Pedro e São Paulo e de Fernando de Noronha (Distrito Estadual de Fernando de Noronha - PE).

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