maio 2018

Condições atmosféricas associadas aos rios voadores, como chuvas e ventos fortes, aumentarão em cerca de 50%
(NASA/Thinkstock)

 Um novo estudo liderado pela Nasa mostra que a mudança climática provavelmente intensificará os chamados rios voadores, “cursos de água atmosféricos” formados por massas de ar carregadas de vapor de água, na maior parte do globo até o final deste século, ao mesmo tempo que reduzirá “ligeiramente” seu número.
Publicado na revista Geophysical Research Letters, o estudo projeta que, mantido o ritmo atual de emissões de gases efeito estufa, haverá cerca de 10% menos rios atmosféricos globalmente até o final do século 21.

Por outro lado, eles serão em média 25% mais largos e mais longos, e o mais preocupante: as condições atmosféricas associadas aos rios voadores, como fortes chuvas e ventos, aumentarão em cerca de 50%.

O estudo também alerta para o aumento da frequência de tempestades atmosféricas mais intensas, que deve duplicar.

Em geral, os rios voadores têm de 400 a 600 quilômetros de largura e transportam tanta água (na forma de vapor de água) quanto cerca de 25 rios do americano Mississippi.

Quando um rio atmosférico se precipita contra o terreno montanhoso (como a Sierra Nevada e os Andes), libera muito daquele vapor de água na forma de chuva ou neve.

Em muitas áreas da Terra, eles trazem uma contribuição importante para o abastecimento anual de água doce. No entanto, rios atmosféricos mais fortes podem causar enchentes severas, gerando prejuízos à região afetada.

© Fornecido por AFP (4 mai) Lava sai de uma fenda em Leilani Estates, na Big Island

A erupção do vulcão Kilauea, o mais ativo do Havaí, continuava neste domingo, com o surgimento de novas fendas, das quais saem lava e gases tóxicos que provocaram milhares de evacuações. 

Segundo um comunicado do Observatório Vulcanológico do Havaí divulgado neste domingo, contabilizaram-se oito rachaduras, a última delas aberta na noite deste sábado. Todas ficam na localidade de Leilani Estates, cujos 1.700 habitantes receberam uma ordem de evacuação obrigatória na última quinta-feira, bem como os de Lanipuna Gardens. 

O observatório, ligado ao serviço americano de geologia e sismologia (USGS), indicou que foram detectadas novas fendas no solo na manhã de hoje, mas que nenhuma deixa escapar calor ou vapor.

Apesar de várias delas continuarem emitindo jatos de lava, às vezes de até 70 metros de altura, outras pararam. Mas dióxido de enxofre, gás que deixa a qualidade do ar "extremamente perigosa", continuava escapando do solo em alguns lugares. 

© Fornecido por AFP Vapor sai de uma rachadura perto de Leilani Estates, na Big Island 

A defesa civil do arquipélago informou na noite de ontem que cinco casas haviam sido destruídas. Também advertiu que a erupção estava aumentando e deve continuar, destacando a imprevisibilidade do fenômeno natural. 

Sobre a alta atividade sísmica na região desde o começo da semana, o observatório apontou um aumento nos últimos dois dias, marcado por um tremor de magnitude 6,9 na quinta-feira e um de magnitude 5 na véspera, que desencadeou a erupção do Kilauea.

Em 48 horas, especialistas registraram 152 tremores de magnitudes 2 e 3 localizados a menos de 5 km da cratera, e 22 terremotos de magnitude 3.

O Kilauea, de 1.247 metros de altura, entrou em erupção às 16h45 locais de quinta-feira. O vulcão é um dos mais ativos do mundo e um dos cinco ativos da Big Island, maior ilha do arquipélago, formado por 137 ilhas.

AFP

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