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A indústria do esqui terá de mudar para sobreviver a longo prazo

Pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon publicaram recentemente trabalhos baseados no monitoramento de 1.776 locais no Oeste dos EUA, no período de 1915 a 2014. Segundo o estudo, a quantidade de neve diminuiu até 30%.

“É um declínio maior do que esperávamos”, diz Philip Mote, principal autor do estudo. “Em muitos locais de baixa altitude, o que costumava cair como neve agora é chuva.”

O grupo de 12 cientistas identificou que os impactos foram maiores durante a primavera, na Califórnia, em Washington e em Oregon. Temperaturas mais altas são vistas como a principal causa por trás da diminuição de neve, embora os pesquisadores não tenham mencionado as mudanças climáticas em seus estudos. Mas pesquisas anteriores deixam clara essa relação.

As implicações desse quadro já são vistas em locais bem conhecidos por esquiadores no país. A região de Alta, em Utah, perto de Salt Lake City, por exemplo, é um popular resort de esqui, cujos moradores locais já precisam aprender a se adaptar às novas condições.

“A neve diminuiu, mas não acho que vá desaparecer”, disse recentemente Maura Olivos à revista “Wired”. Como coordenadora de sustentabilidade, seu trabalho é prestar uma atenção especial à natureza e à quantidade de neve que o resort recebe a cada ano.

“A neve ficará mais densa”, explicou. “Nossa expectativa em relação aos esquiadores pode ter de mudar, mas devemos agradecer pelo que temos”, completou.

Alguns resorts usam uma tecnologia automatizada de fabricação de neve, enquanto outros buscam implementar iniciativas ambientais. As estações de esqui de Lake Tahoe, na Califórnia, serão em breve as primeiras instalações a operar inteiramente com energia renovável, com o objetivo de reduzir custos e suas emissões de carbono.

Está claro que a indústria do esqui terá de mudar para sobreviver a longo prazo. Os lugares que identificaram a mudança desde o início são os que melhor irão se proteger de choques climáticos mais frequentes no futuro.

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