A bucha vegetal tem diversos usos, benefícios e é mais sustentável do que os modelos de plástico


A bucha vegetal, ou esponja vegetal, é uma fruta que nasce em uma planta trepadeira alta, pertencente ao gênero Luffa. A bucha vegetal é cultivada especialmente pelas fibras do fruto seco, que são usadas principalmente como esponja de banho, esponja de limpeza e até mesmo como palmilha.

Por ser uma fruta, a bucha vegetal é mais sustentável do que as esponjas de poliuretano (plástico derivado do petróleo), pois diferente do poliuretano, se biodegrada facilmente e pode ser reciclada em casa por meio da compostagem seca (a compostagem úmida, ou com minhocas, não é recomendada, pois o detergente ou sabão pode ser tóxico para as minhocas). Saiba mais sobre esse tema no Guia da compostagem.


A bucha vegetal é mais barata (se for comprada em feiras e mercados locais) e ainda rende mais, pois pode ser cortada em pedaços, apesar de durar o mesmo tempo da esponja sintética. Usando a bucha vegetal, você também incentiva os pequenos agricultores que produzem a planta e preserva o uso dos materiais plásticos para utilidades mais nobres do que ser matéria-prima para um objeto contaminante, de curtíssima vida útil. Além disso, a esponja vegetal apresenta benefícios para a saúde e estética da pele, cuidados com a louça e utensílios. Confira!

Benefícios da bucha vegetal
Esfoliação natural
A bucha vegetal é um ótimo esfoliante natural, ela ajuda a remover as impurezas, cravos, pelos encravados e células mortas da pele, proporcionando um aspecto mais limpo e revitalizador.

Ajuda na hidratação da pele seca
Quem possui pele seca pode realizar movimentos mais fortes com a bucha vegetal na pele para ajudar a estimular as glândulas sebáceas, que são fundamentais para a hidratação da pele.

Imagem: Luffa/bucha vegetal por Guilherme Jofili está licenciado sob (CC BY 2.0)

Celulite
Se utilizada durante o banho, a bucha vegetal pode ajudar a reduzir a aparência da celulite. Isso porque massagear a pele afetada pela celulite fazendo uma pressão leve ajuda a ativar a circulação local, o que reduz a aparência da celulite a curto prazo. O atrito da massagem com a bucha vegetal na pele também danifica as células de gordura (causadoras da celulite), o que faz com que elas precisem se reconstruir, possibilitando que a pele se realinhe e se distribua mais uniforme.

Louça
A bucha vegetal também proporciona benefícios para sua casa. Ela limpa as louças tão bem quanto a esponja sintética e tem a grande vantagem de não riscar a louça.

Caso você tenha problemas com aquelas crostas difíceis de sair, junte a bucha com a lã de aço, uma outra alternativa para a lavagem de louças, pois se trata de um material que se decompõe com mais facilidade ao oxidar-se, com danos menos significativos ao meio ambiente do que as esponjas sintéticas de poliuretano.


Amamentação
De acordo com Daniela Vieira de Lima, enfermeira obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, de São Paulo (SP), as mamas devem começar a ser preparadas durante o terceiro trimestre da gestação. Além de expor a aréola dos seios ao sol (antes das 10h ou depois das 16h), também é preciso massageá-las com a bucha vegetal para facilitar a pega do bebê.

Bucha vegetal na limpeza da casa
Melhor do que a esponja sintética e as palhas de aço, além de sustentável, a bucha vegetal não risca azulejos, utensílios, móveis de vidro e madeira.

Plante sua bucha vegetal
É possível cultivar sua bucha vegetal em casa! veja no vídeo a seguir:



Como amaciar bucha vegetal
Se você cultivá-la em sua casa, basta retirar a sua casca e sementes, deixar de molho na água morna por 30 minutos e deixar secar. Após isso, você estará pronto para utilizá-la sem peso na consciência!

Manutenção
Em pesquisa nos Laboratórios Clínicos de Microbiologia do Hospital Monte Sinai de Nova York (EUA), três médicos perceberam que deixar esponjas em ambiente úmido, como o dos nossos banheiros e cozinhas, causa a proliferação de bactérias, algumas até perigosas (do gênero presente em infecções hospitalares). Para os leitores com doenças ligadas à imunidade, como lúpus, anemia, hemofilia, diabetes ou que estão em períodos pós-cirurgia, vale prestar atenção.

Esponjas ainda não utilizadas, porém umedecidas, apresentam colônias esparsas de bactérias em forma de bacilos e estafilococos que, se não higienizadas, evoluem para uma flora de bactérias resistentes a antibióticos e às defesas do organismo humano. Mas calma, com a devida limpeza e cuidando da saúde, tudo isso pode ser evitado.

O principal é que você deixe a bucha vegetal secar completamente entre uma lavagem e outra, de preferência no sol, assim as bactérias não encontram um ambiente para se propagar. É importante também que a janela e a porta da cozinha fiquem sempre abertas - e se quiser um cuidado extra, lave sempre a bucha após uso.

Métodos de descontaminação não são mais recomendados. Colocar uma esponja no micro-ondas pode aumentar a quantidade de micro-organismos patogênicos. Saiba mais sobre esse tema na matéria: "É possível descontaminar a esponja de cozinha?".

Se a sua esponja estiver com uma cor diferente de quando você a comprou, ou com um cheiro esquisito, ou mais gelatinosa que áspera, então não há nada a fazer fora trocar - tudo isso é indício de uma cultura muito populosa de bactérias.

Fonte: ECycle